Crater of Diamonds State Park, no estado do Arkansas, é o único lugar do planeta onde qualquer pessoa pode procurar diamantes em seu local de origem vulcânica e ficar com o que encontrar.
Como surgiu o campo de diamantes público
Localizado nos arredores de Murfreesboro, no sudoeste do Arkansas, o parque ocupa uma antiga chaminé vulcânica formada há cerca de 100 milhões de anos, após erupções que trouxeram magma do manto da Terra à superfície. O material expelido continha lamproíta — rocha comum em vulcões — e uma variedade de minerais preciosos, entre eles diamantes, ametistas, granadas, jaspe, ágata e quartzo.
A área foi explorada comercialmente no início do século XX, sem grande sucesso. Em 1972, o governo estadual transformou o local em parque público, permitindo a visitação e a pesquisa recreativa. Desde então, mais de 35 000 diamantes foram registrados pelos administradores, com média de um a dois achados por dia.
Pedras célebres descobertas no local
Entre as gemas encontradas por visitantes, duas se tornaram referência. A Strawn-Wagner Diamond, descoberta em 1990, recebeu a classificação máxima do American Gem Society — corte Ideal, cor D e pureza Flawless — um feito raríssimo na gemologia. Antes disso, em 1924, o diamante Uncle Sam, de 40,23 quilates, tornou-se o maior já extraído em solo norte-americano, reforçando a singularidade geológica do parque.
Por que os diamantes costumam ser pequenos
Apesar da frequência das descobertas, a maioria das pedras pesa cerca de 0,25 quilate. Estudos do Serviço Geológico do Arkansas explicam que o magma responsável pelas erupções possuía baixo teor de carbono disponível para cristalização. Além disso, o transporte lento até a superfície expôs os cristais a condições químicas corrosivas, que reduziram seu tamanho ao longo do percurso. O resultado são gemas bem arredondadas, porém modestas em peso.
Como funciona a busca por diamantes
O visitante pode levar ferramentas manuais, como pás, peneiras e baldes; equipamentos motorizados não são permitidos. Quem preferir pode simplesmente caminhar pelo campo arado de 15 hectares e procurar pedras a olho nu. Qualquer achado deve ser apresentado ao centro de visitantes, onde técnicos fazem a identificação e registram a descoberta. A pedra é devolvida ao dono sem custo.
Casos de sucesso recentes reforçam a atratividade do parque. Em maio deste ano, a estadunidense Micherre Fox encontrou um diamante de 2,3 quilates, aproximadamente do tamanho de uma ervilha, que passará a integrar seu anel de noivado. Pedras desse porte costumam alcançar valores de cinco dígitos no mercado de joias, mas, no parque, o único gasto é o ingresso.
Infraestrutura e regras de visitação
O Crater of Diamonds funciona o ano todo, exceto feriados específicos, e cobra taxa diária de entrada. Além do campo de busca, o espaço oferece áreas de piquenique, trilhas, playground, centro de interpretação e loja de souvenirs. As autoridades recomendam o uso de protetor solar, chapéu e calçado fechado, pois a área é exposta ao sol e o solo pode ficar lamacento após chuvas.

Imagem: Kimberly Boyles
Para quem planeja a viagem, a cidade de Murfreesboro dispõe de opções de hospedagem, restaurantes e serviços de apoio. O parque fica a pouco mais de 150 quilômetros de Little Rock, capital do Arkansas, facilitando o acesso por rodovia.
Seja pela possibilidade de encontrar uma pedra preciosa ou pelo interesse em geologia, o Crater of Diamonds State Park permanece como destino único, combinando lazer ao ar livre com a chance real — ainda que rara — de voltar para casa com um diamante no bolso.
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Resumo: O parque no Arkansas oferece a qualquer visitante a oportunidade de procurar diamantes em um antigo tubo vulcânico. São registradas descobertas diárias, algumas de alto valor, mesmo que a maioria das pedras seja pequena devido a fatores geológicos. A infraestrutura inclui suporte para identificação das gemas, e o visitante pode levar para casa tudo o que encontrar. Planeje sua visita, leve ferramentas manuais e talvez você se junte à lista de sortudos que já saíram de lá com uma joia rara. Aproveite para compartilhar este conteúdo e contar nos comentários: você se arriscaria na busca por diamantes?
Curiosidade
A densidade de diamantes no Crater of Diamonds é considerada uma das maiores fora de jazidas comerciais. Mesmo assim, estudos indicam que menos de 1% da área foi escavada em profundidade, o que mantém a expectativa de novas grandes descobertas. O parque também monitora constantes processos de erosão natural, responsáveis por expor gemas que estavam soterradas. Por isso, um mesmo setor pode render achados diferentes após chuvas intensas. Para facilitar, o solo é gradeado periodicamente, renovando a camada superficial e aumentando as chances de quem chega.
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