Paramount Pictures iniciou tratativas para adquirir os direitos cinematográficos da série Call of Duty, uma das franquias de jogos eletrônicos mais vendidas do mundo. A informação foi divulgada por veículo especializado em entretenimento, indicando que a negociação ocorre diretamente com a Microsoft, atual controladora da Activision Blizzard, estúdio responsável pelo título.
Metas do estúdio e envolvimento da alta gestão
Fontes ligadas à negociação apontam que o diretor executivo da Paramount, David Ellison, considera a adaptação de Call of Duty prioridade estratégica. Ao lado dos copresidentes do estúdio, Dana Goldberg e Josh Greenstein, Ellison lidera o processo para transformar a marca de jogos militares em uma série de longas-metragens.
Até o momento, nenhum roteirista, diretor ou ator foi associado ao projeto. No entanto, a cúpula do estúdio avalia opções de enredos inspirados em diferentes capítulos da saga, que reúne campanhas ambientadas em conflitos históricos, operações especiais modernas e cenários futuristas.
Contexto recente das adaptações de jogos
A movimentação da Paramount segue uma tendência crescente de Hollywood em transformar jogos populares em produções de alto orçamento. Segundo especialistas do setor, o desempenho comercial de títulos como Sonic: O Filme — também distribuído pela Paramount — reforçou a percepção de que propriedades intelectuais vindas dos videogames podem atrair grandes audiências ao cinema.
No caso de Sonic, a empresa investiu milhões de dólares para consolidar uma trilogia, cuja soma de bilheteria ultrapassa US$ 700 milhões mundialmente, de acordo com dados oficiais de box office. A expectativa interna é de replicar esse êxito com marcas que conversam com públicos ainda maiores, como Call of Duty, cujas vendas acumularam mais de 425 milhões de cópias desde 2003, segundo relatórios da Activision Blizzard.
Tentativas anteriores e obstáculos a superar
Esta não é a primeira vez que o universo de Call of Duty desperta interesse cinematográfico. Em 2015, a própria Activision anunciou planos para criar um “universo cinematográfico” baseado na franquia. O projeto, porém, não avançou e acabou arquivado em 2020, após anos sem progresso visível.
Analistas lembram que a transposição de um jogo de tiro em primeira pessoa para o formato de longa-metragem apresenta desafios específicos. A necessidade de equilibrar ação intensa, fidelidade ao material original e desenvolvimento de personagens críveis costuma demandar roteiros robustos e direção cuidadosa. Mesmo assim, os incentivos financeiros permanecem fortes: o último título da série, Modern Warfare II, gerou mais de US$ 1 bilhão em vendas nos primeiros dez dias pós-lançamento.
Estratégia integrada com novos parceiros
Além de Call of Duty, David Ellison já manifestou interesse em fazer de Street Fighter o primeiro filme oriundo de um recente acordo de coprodução com a Legendary Pictures. A movimentação sugere que a Paramount pretende construir um catálogo de adaptações de games capazes de ocupar calendário de estreias ao longo dos próximos anos.
Consultores de mercado avaliam que a compra dos direitos de Call of Duty poderia abrir caminho para múltiplos filmes, cada um explorando períodos históricos ou personagens distintos. “A quantidade de narrativas presentes na franquia permite planejar sagas interligadas ou antologias independentes”, observa um executivo ouvido em condição de anonimato.
Impacto potencial para público e indústria
Se a negociação for concluída, a Paramount terá à disposição um nome forte para atrair audiências globais, especialmente entre jogadores da chamada geração Z. Para os estúdios, o movimento representa uma aposta em receitas de licenciamento, produtos derivados e possíveis séries de streaming relacionadas. Já para os fãs, a adaptação bem-sucedida pode consolidar a franquia em novo formato de entretenimento, oferecendo perspectiva de histórias expandidas além dos consoles.

Imagem: Microsoft/Microsoft
Vale lembrar que, conforme dados da Associação Cinematográfica dos EUA, filmes baseados em propriedades conhecidas tendem a concentrar 50% das vendas de ingressos anuais, reforçando o interesse dos estúdios em marcas com reconhecimento imediato.
Enquanto o acordo não é formalizado, a comunidade gamer acompanha de perto os anúncios oficiais. Caso a produção avance, detalhes sobre elenco, cronograma de filmagem e data de estreia deverão ser divulgados nos próximos meses.
Para quem acompanha as tendências de convergência entre games e cinema, a eventual franquia Call of Duty pode redefinir parâmetros de investimento em adaptações de shooters e incentivar outros estúdios a explorar propriedades similares.
Curiosidade
Embora a série Call of Duty seja conhecida pelos cenários realistas de guerra, poucos sabem que o primeiro jogo, lançado em 2003, foi desenvolvido por ex-funcionários que trabalharam em Medal of Honor. A experiência prévia da equipe ajudou a criar mecânicas inovadoras para a época, como companheiros controlados por IA que lutavam ao lado do jogador — recurso que, caso o filme se concretize, pode inspirar a construção de batalhas cinematográficas com múltiplos protagonistas.
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