Paramount fecha acordo com Activision e leva Call of Duty aos cinemas

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Paramount Pictures oficializou uma parceria com a Activision para transformar a franquia Call of Duty em um filme live-action. O anúncio confirma a intenção do estúdio de ampliar o portfólio de grandes marcas após a fusão com a Skydance, concluída poucas semanas atrás. Ainda sem data de estreia, o projeto já tem o aval do CEO da Skydance, David Ellison, que declarou ser fã de longa data da série de jogos.

Parceria mira novo blockbuster para o mercado de games no cinema

Segundo o comunicado, o acordo concede à Paramount os direitos de produção e distribuição de um longa baseado no universo de Call of Duty, uma das franquias de videogame mais vendidas da história, com mais de 500 milhões de cópias comercializadas desde 2003. A estratégia visa repetir o êxito de outras adaptações recentes, como Minecraft, que arrecadou US$ 957 milhões em 2025, demonstrando o potencial dos títulos de games no box office.

David Ellison destacou que a equipe pretende aplicar o mesmo rigor que guiou “Top Gun: Maverick” para atender às expectativas dos jogadores. “Seremos intransigentes na busca por excelência”, afirmou o executivo. Do lado da publisher, o presidente da Activision, Rob Kostich, ressaltou que o filme “honrará e expandirá” os elementos que tornaram a série tão popular, com a promessa de entregar uma experiência cinematográfica de alto impacto.

Apesar do tamanho da marca, especialistas em entretenimento observam que Call of Duty não possui protagonistas fixos, diferentemente de propriedades como Super Mario. Isso aumenta o desafio de criar um roteiro que dialogue com fãs e, ao mesmo tempo, seja acessível ao público geral. A busca por um diretor e roteirista capazes de equilibrar realismo militar e narrativa envolvente será decisiva para o futuro do projeto.

Contexto da movimentação e impacto para a indústria

A entrada definitiva da Paramount no segmento de adaptações de jogos ocorre em um momento de reestruturação interna. Após a fusão, o estúdio vem firmando contratos de peso, como o acordo exclusivo com Matt e Ross Duffer, criadores de “Stranger Things”. Para analistas de mercado, a aposta em novas franquias é vital, já que séries consolidadas, como Transformers, apresentam desempenho mais modesto nos últimos anos.

Relatórios indicam que o consumo de conteúdo baseado em games cresce de forma consistente, impulsionado pelo engajamento das comunidades on-line e pela familiaridade do público com as histórias. Ao mesmo tempo, o sucesso não é garantido: produções como Warcraft e Assassin’s Creed registraram bilheterias aquém das expectativas, reforçando a necessidade de um equilíbrio entre fidelidade ao material original e linguagem cinematográfica.

No caso de Call of Duty, o volume de jogadores ativos de Warzone — estimado em mais de 100 milhões — representa uma base significativa de potenciais espectadores. Porém, o filme precisará oferecer algo além de combates realistas para justificar sua ida às salas de exibição. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre enredo, elenco ou cronograma de produção.

Especialistas veem oportunidade de explorar campanhas históricas, como a Segunda Guerra Mundial, ou focar em arcos contemporâneos inspirados na série Modern Warfare. Há também a possibilidade de apresentar personagens originais, construindo um universo cinematográfico independente, mas permeado por referências reconhecíveis pelos fãs.

Perspectiva para o público e possíveis desdobramentos

Para os jogadores, a adaptação pode representar a chance de assistir às sequências de ação típicas da franquia em escala ainda maior, com efeitos especiais de ponta e cenários globais. Para a Paramount, o projeto é visto como peça-chave na tentativa de estabelecer uma nova saga multimídia, com potencial para sequências, séries derivadas e produtos licenciados.

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Imagem: Internet

Caso o filme atinja o sucesso financeiro de produções como Sonic ou Mario, analistas acreditam que outras publishers acelerarão planos semelhantes, fortalecendo a presença de títulos de games no cinema. Por outro lado, uma recepção morna pode frear investimentos e reforçar a cautela em torno de adaptações ambiciosas.

Segundo dados oficiais da Associação de Proprietários de Cinema dos EUA, lançamentos baseados em franquias conhecidas têm maior probabilidade de gerar bilheterias robustas, mas também enfrentam expectativa elevada do público. O desempenho de Call of Duty nas telonas, portanto, será acompanhado de perto por estúdios e investidores.

Para o consumidor final, o impacto imediato envolve a possibilidade de vivenciar uma história inspirada em um dos shooters mais populares do mercado. Dependendo de como a produção evoluir, o resultado poderá influenciar futuros crossovers entre cinema e e-sports, além de eventuais integrações de conteúdo entre filme e game.

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Curiosidade

A primeira tentativa de levar Call of Duty ao cinema ocorreu em 2015, quando a Activision chegou a anunciar um “universo cinematográfico” da franquia, mas o projeto não avançou. Agora, com o histórico de sucesso de “Top Gun: Maverick” e a boa fase de adaptações de games, o título ganha nova chance de chegar às telonas.

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