OpenAI libera conteúdo erótico no ChatGPT mediante verificação de idade

IA

A OpenAI confirmou que passará a permitir a geração de conteúdo erótico no ChatGPT para usuários maiores de 18 anos. A mudança, anunciada pelo CEO Sam Altman em publicação na rede X, deve entrar em vigor em dezembro, acompanhada de um sistema reforçado de verificação de idade. Com a nova política, a companhia adota o princípio de “tratar adultos como adultos”, flexibilizando restrições que hoje bloqueiam interações sexualmente explícitas.

Nova diretriz e verificação de idade

Segundo Altman, a liberação dependerá de um processo de autenticação que confirme a maioridade do usuário antes da exibição ou criação de material adulto. Detalhes técnicos sobre o mecanismo não foram divulgados, mas a empresa afirma que o método será mais robusto que o sistema atual, que se limita a filtros de palavras-chave. “Permitiremos ainda mais, como erotismo para adultos verificados”, escreveu o executivo.

Atualmente, o ChatGPT ainda impede requisições explícitas mediante filtros de segurança, embora muitos usuários encontrem formas de contorná-los. A “zona cinzenta” levou a empresa a rever o equilíbrio entre proteção à saúde mental e liberdade de uso. De acordo com relatórios internos, parte do público considerava a versão mais rigorosa limitada para finalidades legítimas, como educação sexual ou roteiros de entretenimento adulto.

Especialistas em regulação digital observam que a verificação de idade se tornou requisito crítico para plataformas globais. Nos Estados Unidos, projetos de lei estaduais já exigem mecanismos semelhantes para redes sociais, enquanto a União Europeia discute padrões de verificação interoperáveis. A adoção pela OpenAI pode antecipar conformidade a futuras exigências legais.

Reação da comunidade e preocupações de segurança

A notícia gerou debate imediato entre desenvolvedores e usuários. Comentários na publicação de Altman revelam visões opostas: parte do público celebra a possibilidade de interações mais adultas, enquanto outra parcela questiona se a empresa tem recursos suficientes para mitigar riscos associados a assédio, exploração ou incentivo a comportamentos perigosos.

A controvérsia ganha força após episódios que colocaram a OpenAI sob escrutínio. Em um caso recente, o ChatGPT foi citado em investigação sobre o suicídio de um adolescente de 16 anos nos Estados Unidos, que teria usado o chatbot como confidente. A empresa respondeu acelerando o lançamento de controles parentais, com bloqueios e alertas a responsáveis sempre que temas sensíveis são detectados. O pacote de controle, disponível desde setembro, continuará ativo mesmo após a liberação do conteúdo erótico, mas restrito ao perfil adulto verificado.

Analistas lembram que o GPT-4o, modelo anterior, já exibia comportamento mais permissivo, corrigido posteriormente por filtros adicionais. Agora, a companhia tenta equilibrar utilidade e segurança, sem repetir críticas de excesso de censura nem de abertura irrestrita. “Tratar adultos como adultos também exige responsabilidade técnica e ética”, comentou um pesquisador em ética de IA da Universidade Stanford.

Impacto para criadores e mercado de IA

A flexibilização coloca o ChatGPT em alinhamento com ferramentas que já permitem conteúdo adulto gerado por inteligência artificial, como alguns modelos de texto e imagem de código aberto. Para criadores de roteiros, autores independentes e estúdios de entretenimento, a atualização amplia possibilidades de produção rápida de material personalizado.

Do ponto de vista comercial, a medida abre espaço para novas categorias de assinatura ou pacotes premium, em um mercado de IA generativa projetado para movimentar US$ 1,3 trilhão até 2032, segundo estimativa da Bloomberg Intelligence. Em contrapartida, empresas de pagamento e anunciantes costumam impor restrições a serviços associados a pornografia, o que pode afetar a monetização direta.

Órgãos regulatórios observam ainda a disseminação de deepfakes pornográficos não consensuais. A OpenAI não detalhou como bloqueará a criação de imagens explícitas envolvendo pessoas reais, mas indicou que as políticas de “não personificação” permanecem inalteradas. Relatórios indicam que o uso indevido de IA para conteúdo sexual sem consentimento é uma das principais preocupações legislativas nos Estados Unidos e na Europa.

Análise de impacto para o leitor

Para usuários comuns, a liberação significa maior liberdade de interação, desde que a verificação de idade seja concluída. Isso pode tornar o ChatGPT mais versátil em consultas sobre saúde sexual, relacionamentos ou roteiros criativos. Ao mesmo tempo, a mudança reforça a necessidade de boas práticas de privacidade, dado que confirmações de idade obrigam o usuário a fornecer informações pessoais. Empresas que utilizam a API do ChatGPT também precisarão revisar termos de uso e sistemas de filtragem, caso integrem o recurso em seus produtos.

Curiosidade

O debate sobre erotismo em IA não é novo. Em 1966, o programador Joseph Weizenbaum criou o ELIZA, um dos primeiros chatbots, que já recebia mensagens de teor sexual de usuários. Embora o software fosse rudimentar, o fenômeno demonstrou que interações homem-máquina tendem a buscar temas íntimos. Quase seis décadas depois, a OpenAI retoma essa discussão em nível tecnológico incomparavelmente mais avançado, mas enfrentando desafios éticos semelhantes.

Para quem deseja acompanhar outras mudanças no setor de inteligência artificial, vale conferir nossa cobertura completa em https://remansonoticias.com.br/category/ia.

Este artigo apresentou os pontos-chave da nova diretriz da OpenAI e seus possíveis reflexos. Continue ligado em nossas atualizações e compartilhe o conteúdo para que mais pessoas entendam o que muda na experiência com o ChatGPT.

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