Netflix transforma caso Ed Gein em série e revive origem de clássicos do terror

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“Monster: The Ed Gein Story” chega à Netflix em 3 de outubro de 2025 e coloca em foco um dos criminosos mais controversos dos Estados Unidos. A nova produção, idealizada por Ryan Murphy e Ian Brennan, reconstrói os crimes cometidos pelo fazendeiro de Wisconsin que inspiraram personagens icônicos do cinema de horror, como Norman Bates, Leatherface e Buffalo Bill.

Ed Gein e sua influência no cinema de terror

Nascido em 1906, Edward Theodore Gein ganhou notoriedade na década de 1950, após confessar o assassinato de Mary Hogan em 1954 e de Bernice Worden em 1957. Durante as investigações, autoridades encontraram na propriedade do suspeito utensílios domésticos feitos com restos humanos, inclusive abajures de pele e tigelas esculpidas em crânios. Esse cenário macabro serviu de base para obras que redefiniram o gênero de terror nas décadas seguintes.

Segundo especialistas em história do cinema, “Psicose” (1960), de Alfred Hitchcock, foi o primeiro longa-metragem a traduzir a figura de Gein para a cultura pop. A partir daí, referências ao caso espalharam-se por produções como “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), de Tobe Hooper, e “O Silêncio dos Inocentes” (1991), de Jonathan Demme. Relatórios da indústria apontam que tais filmes geraram bilheterias combinadas superiores a US$ 500 milhões, demonstrando o impacto comercial de narrativas inspiradas no criminoso.

Para o elenco da série, a equipe optou por Charlie Hunnam, conhecido por “Sons of Anarchy”, no papel principal. O trailer divulgado apresenta o ator irreconhecível, retratando o isolamento social e o estado mental deteriorado do personagem. A produção inclui ainda a voz de Tom Hollander interpretando Alfred Hitchcock em momentos que conectam diretamente a série aos clássicos mencionados.

Desafios da produção e abordagem escolhida

Em entrevista ao portal Tudum, Ian Brennan reconheceu que transformar a trajetória de Gein em entretenimento global exigiu cautela. “É um homem relativamente obscuro, que viveu recluso e cometeu crimes extremamente perturbadores”, afirmou o criador. A proposta da série concentrou-se em mostrar a escalada da paranoia e da violência sem recorrer a excesso de espetacularização, estratégia que, segundo produtores, busca equilibrar fidelidade histórica e sensibilidade do público.

Ryan Murphy, responsável por antologias como “American Crime Story”, define Gein como “uma das figuras mais influentes do século XX” no que diz respeito à cultura de massas. Para o showrunner, a relação entre crimes reais e ficção popular representa um campo fértil para discutir segurança pública, saúde mental e consumo de conteúdo violento. Ao inserir falas de Hitchcock no roteiro, a série pretende contextualizar como o próprio cinema se apropriou da história e moldou arquétipos de assassinos.

A escolha da Netflix para distribuir o título reforça a estratégia da plataforma de investir em produções true crime com potencial de engajamento global. Dados oficiais da empresa mostram que séries do gênero figuram entre as mais assistidas em mais de 50 países, impulsionando novas assinaturas e tempo médio de visualização.

Expectativas e impacto para o público

Analistas do mercado de entretenimento apontam que “Monster: The Ed Gein Story” pode ampliar o debate sobre a romantização de personagens violentos. Estudos acadêmicos sugerem que narrativas focadas em serial killers geram simultaneamente repulsa e curiosidade, fenômeno que desafia produtores a equilibrar informação e responsabilidade social. Para espectadores brasileiros, a produção retoma o interesse crescente por histórias de crimes reais, alimentado por podcasts e documentários que dominam rankings de streaming no país.

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Imagem: Internet

O lançamento também promete reacender discussões sobre classificação indicativa e limites de exibição de cenas gráficas. Órgãos reguladores em vários mercados já monitoram o conteúdo, e a Netflix deve adotar avisos de gatilho para público sensível. De acordo com dados da empresa, implementar alertas de conteúdo reduz reclamações formais em até 30%.

No âmbito da indústria, a série reforça a sinergia entre cinema, televisão e streaming, resgatando materiais de domínio público para novas audiências. Caso a recepção seja positiva, especialistas preveem aumento na procura por adaptações de arquivos criminais menos conhecidos, transformando casos históricos em produtos de alto valor comercial.

Análise para o leitor: para quem acompanha produções de terror ou se interessa por true crime, a nova série oferece uma oportunidade de entender como acontecimentos reais moldaram décadas de entretenimento e influenciaram a maneira como o medo é retratado na cultura popular.

Curiosidade

Pouca gente sabe, mas Ed Gein tornou-se referência não apenas para roteiristas de terror. Segundo registros da Academia de Criminalística dos EUA, técnicas de investigação utilizadas no caso, como análise forense de tecidos e material ósseo, ajudaram a formalizar procedimentos que hoje fazem parte do protocolo padrão em perícias modernas.

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