Óculos inteligentes Hypernova da Meta prometem visor AR e preço mais baixo que o previsto

Tecnologia

A Meta prepara a apresentação de uma nova geração de óculos inteligentes, conhecida internamente pelo codinome Hypernova. De acordo com informações obtidas junto a pessoas familiarizadas com o produto, o modelo de entrada deve chegar ao mercado por cerca de US$ 800, valor pelo menos US$ 200 inferior às estimativas iniciais.

Visor interno amplia recursos de realidade aumentada

O diferencial dos Hypernova em relação aos óculos inteligentes lançados pela Meta em parceria com a Ray-Ban está na inclusão de um pequeno visor de realidade aumentada embutido na lente direita. O display, visível apenas para quem estiver usando o acessório, exibe miniaplicativos, notificações e outras informações em tempo real.

A navegação pelas funções será feita por meio de uma pulseira de entrada neural, a mesma tecnologia demonstrada anteriormente com os protótipos de óculos Orion. O dispositivo capta micromovimentos do pulso e traduz esses gestos em comandos, dispensando botões físicos ou telas sensíveis ao toque. Testes preliminares indicam que o sistema ainda precisa de ajustes, mas já aponta para uma interação mais natural com conteúdos digitais.

Estratégia de preço busca público além dos entusiastas

Para reduzir o preço de lançamento, a Meta teria optado por margens mais estreitas. O objetivo é expandir o público potencial e reforçar a ideia de que óculos inteligentes podem substituir, no futuro, funções hoje concentradas nos smartphones. Mesmo com o corte de custos, o novo modelo ficará aproximadamente US$ 500 acima dos atuais Ray-Ban Smart Glasses, vendidos pela companhia desde 2021.

Analistas de mercado observam que a popularidade dos Ray-Ban ajudou a convencer a Meta a avançar no segmento. A aceitação do design tradicional aliado a recursos como câmera integrada, captura de áudio e transmissões ao vivo mostrou que há demanda por dispositivos que se misturam ao dia a dia sem chamar atenção. A dúvida, agora, é se o Hypernova manterá um visual discreto ou adotará um formato mais robusto para acomodar o visor AR.

Companheiro do telefone, não um substituto imediato

A Meta enxerga os Hypernova como um passo inicial rumo a óculos totalmente independentes do celular, mas, na primeira geração, o aparelho funcionará em conjunto com o smartphone. O emparelhamento permitirá sincronizar dados, receber chamadas e utilizar aplicativos de voz com suporte a inteligência artificial. Há expectativa de que a câmera alcance qualidade próxima à de telefones premium, embora detalhes sobre resolução ou abertura de lente não tenham sido divulgados.

Para o especialista em wearables Frederick Stanbrell, esses recursos já colocam os óculos como concorrentes diretos do celular em algumas tarefas simples, como responder mensagens, consultar rotas ou tirar fotos rápidas. No entanto, a limitação de processamento embarcado ainda exige o uso do telefone para aplicações mais complexas.

Disponibilidade e possíveis custos adicionais

A Meta pretende apresentar o Hypernova num evento de hardware marcado para setembro, período tradicionalmente movimentado pelo lançamento de novos dispositivos no setor de tecnologia. A venda inicial deve contemplar o mercado norte-americano, com expansão gradativa para outras regiões. Usuários que necessitem de lentes corretivas ou quiserem armações personalizadas provavelmente pagarão valores extras, mas não há detalhes sobre a política de preços para esses opcionais.

O sucesso comercial dependerá não apenas do hardware, mas também do ecossistema de aplicativos e serviços que a Meta conseguir agregar. Desenvolvedores externos poderão criar experiências exclusivas para o visor AR, ampliando a utilidade além das funções básicas integradas de fábrica.

Para acompanhar novidades sobre dispositivos conectados, vale conferir a seção dedicada a tecnologia em Remanso Notícias, atualizada diariamente com análises e lançamentos do setor.

Em resumo, os óculos Hypernova chegam com a promessa de levar realidade aumentada ao rosto dos consumidores por um valor mais acessível que o esperado. A combinação de visor discreto, controle por gestos e preço competitivo indica a estratégia da Meta de acelerar a adoção de wearables capazes de, gradualmente, assumir funções do smartphone. Continue atento às próximas revelações para saber se o dispositivo atenderá às expectativas de praticidade e conforto.

Curiosidade

Embora o visor AR se limite a uma das lentes, a Meta experimenta filtros que ajustam brilho e contraste conforme a iluminação ambiente, preservando a nitidez das notificações. A pulseira de controle detecta movimentos inferiores a um milímetro, tecnologia inspirada em pesquisas de neurociência. Testes internos apontam consumo de bateria entre seis e oito horas, variando conforme o uso da câmera. Caso o usuário remova o acessório durante o dia, sensores de proximidade entram em modo de baixo consumo automaticamente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *