Lorenzetti adota ERP em nuvem e acelera transformação digital nas cinco fábricas

Tecnologia

A Lorenzetti concluiu a implantação de um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) em nuvem, fornecido pela TOTVS, nas cinco plantas industriais que mantém no país. A mudança marca um novo estágio na estratégia de digitalização da fabricante de duchas, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores a gás, que atua há mais de um século no mercado brasileiro.

Integração em tempo real e eliminação de papel no chão de fábrica

O projeto envolveu mais de 600 profissionais distribuídos nas quatro unidades localizadas no estado de São Paulo e na fábrica de Poços de Caldas, em Minas Gerais. A atualização do ERP permitiu integrar dados de produção, estoque, finanças e logística em tempo real, substituindo processos manuais realizados em papel. Segundo a companhia, a automação elevou a acuracidade de informações e fortaleceu a governança interna, com reflexos diretos na tomada de decisão.

De acordo com o diretor administrativo-financeiro e de tecnologia da informação, Sergio Duó, o go-live foi considerado positivo pela equipe. Entre os ganhos apontados estão maior visibilidade de indicadores de desempenho, rapidez para processamento de ordens de produção e redução de erros de lançamento. Especialistas em gestão industrial indicam que a digitalização de processos pode reduzir custos operacionais em até 20% quando combinada a práticas de melhoria contínua.

Infraestrutura em nuvem amplia segurança e escalabilidade

A implantação foi acompanhada pela migração completa para os serviços de nuvem da TOTVS, nas modalidades Platform as a Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS). Esse movimento garantiu à empresa acesso a recursos de computação sob demanda, substituindo servidores próprios e reduzindo despesas de manutenção. Relatórios da IDC apontam que companhias que adotam modelos em nuvem conseguem liberar de 30% a 40% do orçamento de TI para projetos de inovação.

No caso da Lorenzetti, a nuvem também trouxe camadas adicionais de segurança cibernética, fator crítico para a proteção de dados sensíveis de clientes e fornecedores. A escalabilidade oferecida pelo ambiente on-demand permite absorver picos de demanda sem comprometer desempenho, algo relevante em períodos de maior volume de pedidos, como campanhas promocionais ou sazonalidades de mercado.

Próximos passos: automação avançada, IA e RPA

Com a base do ERP consolidada, a companhia pretende avançar em iniciativas de automação avançada, inteligência artificial (IA) e automação de processos robóticos (RPA). Segundo analistas da consultoria Gartner, a combinação dessas tecnologias gera ganhos de produtividade e oferece suporte às áreas de planejamento de demanda, manutenção preditiva e controle de qualidade.

A adoção de IA pode, por exemplo, prever falhas em linhas de produção antes que ocorram, reduzindo paradas não programadas. Já os robôs de software utilizados em RPA executam tarefas repetitivas, permitindo que colaboradores concentrem esforços em atividades de maior valor agregado.

Pressões regulatórias e competitividade no horizonte

A reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, além da crescente demanda por eficiência energética, adiciona pressões para que fabricantes modernizem seus processos. Ao atualizar seus sistemas de gestão, a Lorenzetti posiciona-se para atender novas exigências fiscais e ambientais com maior agilidade. “Empresas que investem em plataformas digitais tendem a responder mais rápido a mudanças regulatórias”, alerta um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

No longo prazo, a digitalização reforça a competitividade da marca diante de concorrentes nacionais e internacionais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de bens de consumo duráveis cresce, em média, 3% ao ano, impulsionado por renovações habitacionais e programas de eficiência econômica.

Impacto para o consumidor e para o mercado

Para o consumidor final, a adoção de tecnologias de gestão refleterá em maior disponibilidade de produtos, menor tempo de entrega e potencial redução de custos ao longo da cadeia. Já fornecedores e parceiros logísticos podem se beneficiar de processos mais integrados, alinhando estoques e cronogramas de entrega. Em um cenário em que a experiência do cliente se torna decisiva, operações mais enxutas e confiáveis tornam-se diferencial competitivo.

Curiosidade

A primeira ducha elétrica produzida em série no Brasil foi lançada justamente pela Lorenzetti nos anos 1950. Sete décadas depois, a mesma empresa usa computação em nuvem e inteligência artificial para otimizar sua produção. O contraste ilustra como a indústria de bens de consumo evolui do controle manual de máquinas para ambientes totalmente conectados, mantendo o foco no conforto residencial.

Se você se interessa por transformações tecnológicas na indústria, vale acompanhar outras iniciativas semelhantes já destacadas em nossa editoria de Tecnologia. Um exemplo é o recente avanço de fábricas que utilizam redes 5G privadas para conectar equipamentos inteligentes. Confira detalhes em nossa seção de tecnologia.

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