Julia Roberts exalta filme brasileiro “Manas” e prevê transformação no público

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Julia Roberts, vencedora do Oscar e conhecida por sucessos como Uma Linda Mulher (1990) e Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), declarou ter se sentido profundamente tocada pelo longa-metragem brasileiro “Manas”, de estreia da diretora Marianna Brennand. Durante uma sessão restrita em Los Angeles, a atriz afirmou que a obra “vai mudar” a vida dos espectadores, reforçando o impacto emocional que sentiu após a exibição.

Elenco, trama e cenário amazônico

Ambientado na Ilha de Marajó, no Pará, “Manas” narra o percurso de Marcielle, interpretada pela estreante Jamilli Correa. A personagem de 13 anos confronta tradições familiares marcadas por episódios de violência, numa tentativa de romper ciclos geracionais e redefinir o futuro das mulheres de sua comunidade. Segundo a sinopse oficial, a jovem assume o controle do próprio destino ao desafiar padrões que por décadas ditaram o papel feminino no local.

O elenco conta ainda com Dira Paes no papel de Aretha e Rômulo Braga como Marcílio. A diretora Marianna Brennand, em seu primeiro longa, recorreu a filmagens em locações reais para retratar a dinâmica ribeirinha de forma autêntica. A produção buscou evidenciar não apenas o drama familiar, mas também o contexto social e econômico que molda a vida na foz do rio Amazonas.

Participação de nomes de peso em Hollywood

Além dos elogios públicos, Julia Roberts apoiou financeiramente a realização do projeto por meio de sua produtora Red Om. A atriz também integra a equipe de produção de Depois da Caçada (2025), seu próximo trabalho como protagonista, o que reforça sua atuação simultânea diante das câmeras e nos bastidores.

O ator, diretor e roteirista Sean Penn assumiu a função de produtor executivo de “Manas”. Em nota divulgada após a sessão, Penn comparou a sensibilidade do filme ao legado de produções brasileiras de relevância social, mencionando que a diretora “retrata com confiança a difícil situação e a coragem de seus personagens”. Para o artista, a obra evita extremos dramáticos e sensacionalistas, concentrando-se em “emoções profundas” capazes de dialogar com o público internacional.

Reconhecimento e projeção internacional

A recepção favorável em Los Angeles amplia as chances de “Manas” conquistar espaço em festivais e mostras fora do Brasil. O longa já foi selecionado para representar o país na 40ª edição dos Prêmios Goya, premiação considerada o “Oscar” da Espanha. Especialistas apontam que a combinação de temática social, ambientação amazônica e apoio de figuras consagradas em Hollywood pode elevar a visibilidade da produção em circuitos de arte e também no mercado de streaming.

Dados de distribuidoras consultadas indicam que o endosso de celebridades costuma acelerar negociações para exibições internacionais. No caso de “Manas”, a expectativa é que o interesse manifestado por Roberts e Penn funcione como catalisador para acordos de distribuição na América do Norte e na Europa. Até o momento, não há confirmação de datas de estreia em circuito comercial, mas o cenário se mostra favorável a um lançamento sincronizado entre Brasil e Estados Unidos.

Impacto para o cinema nacional

Para produtores brasileiros, a projeção obtida por “Manas” representa uma oportunidade de reafirmar a diversidade temática do cinema nacional. Curadores de festivais entrevistados após a sessão em Los Angeles destacaram que histórias centradas em comunidades ribeirinhas — ainda pouco exploradas pela indústria global — podem atrair plateias interessadas em narrativas autênticas e socialmente relevantes.

Do ponto de vista econômico, o reconhecimento internacional tende a ampliar investimentos externos em projetos filmados no Brasil, sobretudo na região Norte, onde incentivos locais e paisagens naturais oferecem vantagens competitivas. Segundo analistas de mercado, produções que combinam forte identidade cultural com suporte de nomes conhecidos em Hollywood têm mais chances de superar barreiras linguísticas e alcançar retorno financeiro.

Para o público brasileiro, a chegada de “Manas” aos cinemas ou plataformas sob o olhar atento de Julia Roberts e Sean Penn cria expectativa de acesso a uma obra que alinha entretenimento, reflexão social e protagonismo juvenil. Caso a distribuição se confirme em larga escala, a narrativa sobre resistência feminina na Ilha de Marajó poderá inspirar discussões sobre violência de gênero, direitos das comunidades tradicionais e políticas públicas na Amazônia.

Curiosidade

A Ilha de Marajó, cenário de “Manas”, é o maior arquipélago flúvio-marinho do mundo e abriga búfalos que se adaptaram ao ambiente úmido tão bem que servem como meio de transporte local. Essa característica singular confere à região um aspecto quase cinematográfico, reforçando a ambientação do filme e oferecendo ao público mundial um retrato único da Amazônia paraense — elemento que, segundo a equipe, contribuiu decisivamente para o realismo das cenas.

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