Vasculhar cada canto do mapa, descobrir segredos escondidos e reunir itens raros são elementos que mantêm muitos jogadores em frente à tela por horas. De acordo com relatórios da consultoria Newzoo, títulos de mundo aberto e foco em exploração representam uma fatia crescente do mercado, impulsionados pela combinação de liberdade de movimento e recompensa constante pelo esforço investigativo. A lista a seguir apresenta dez jogos que se destacam justamente por incentivar a coleta de artefatos, tesouros e conquistas, tornando a jornada tão estimulante quanto o destino.
Exploração reinventada em plataformas da Nintendo
Super Mario Odyssey (Nintendo Switch)
Segundo desenvolvedores da própria Nintendo, o reino do encanador nunca ofereceu tanta liberdade. Cada mundo traz dezenas de Power Moons escondidas em rotas alternativas, exigindo a constante troca de chapéu para assumir formas de inimigos ou objetos. O resultado é um ciclo de descoberta que mantém o ritmo de plataforma e a sensação de caça ao tesouro.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild & Tears of the Kingdom (Nintendo Switch)
Hyrule ganhou proporções épicas com centenas de templos, sementes Korok e agora camadas de céu e subsolo. Testes de jogabilidade conduzidos pela Digital Foundry mostram que o ambiente orgânico foi projetado para recompensar a curiosidade: cada montanha escalada ou caverna explorada entrega armas únicas, memórias ou materiais de crafting.
Pokémon Legends: Arceus (Nintendo Switch)
A Game Freak revisitou Sinnoh em um período histórico para colocar a pesquisa de campo no centro da experiência. Em vez da progressão tradicional por ginásios, o avanço depende da captura e do estudo de espécies em habitats variados. A primeira Pokédex da região cria um senso de coleção renovado, reforçado por missões de observação que exigem interação direta com o comportamento dos monstros.
Mundos abertos que não cabem no mapa
Red Dead Redemption 2 (PS4, Xbox One, PC)
O Velho Oeste fictício da Rockstar se destaca pelo nível de detalhe. Ossos de dinossauro, cartas de cigarro e ervas raras estão espalhados por regiões que vão de pântanos a montanhas nevadas. Cada pista encontrada leva a histórias paralelas, reforçando a imersão e garantindo recompensas para quem investiga cabanas abandonadas ou trilhas esquecidas.
The Elder Scrolls V: Skyrim (multiplataforma)
Clássico dos RPGs, Skyrim permanece relevante mais de uma década após o lançamento. Ruínas nórdicas escondem armas lendárias, livros e segredos de facções. Especialistas em design de jogos apontam o título da Bethesda como referência no uso de linhas de visão para conduzir o jogador a pontos de interesse sem necessidade de marcadores excessivos.
Assassin’s Creed Odyssey (PS4, Xbox One, PC)
Ambientado na Grécia Antiga, o jogo da Ubisoft oferece ilhas, tumbas e fortalezas repletas de baús e relíquias. O modo de exploração — que desativa a navegação automática — obriga o jogador a interpretar pistas e marcos históricos, transformando cada viagem marítima em pesquisa arqueológica.
Sea of Thieves (Xbox Series X|S, PC)
Os mares da Rare fomentam caça ao tesouro em ritmo cooperativo. Mapas com coordenadas difusas e cavernas inundadas exigem comunicação entre tripulantes. Além de baús e relíquias, a dinâmica PvP faz com que a proteção do espólio seja parte da aventura, criando tensão até o momento da venda.
Experiências focadas em desafio e recompensa
Hollow Knight (Nintendo Switch, PS4, Xbox One, PC)
Em Hallownest, atalhos secretos e amuletos redefinem habilidades. A estrutura do metroidvania estimula revisitar áreas com poderes recém-adquiridos, abrindo passagens antes inacessíveis. Estudos de usabilidade mostram que a construção de mapas interligados mantém o ciclo de recompensa constante.

Imagem: Nintendo divulgação
Monster Hunter: World (PS4, Xbox One, PC)
A Capcom elaborou ecosistemas vivos, repletos de minérios, plantas e partes de monstros. Coletar esses materiais é crucial para a confecção de armas e armaduras, criando uma engrenagem entre exploração e progressão. Conforme relatório oficial da empresa, a mecânica elevou o tempo médio de jogo para mais de 50 horas por usuário.
Marvel’s Spider-Man 2 (PS5)
Nova York digital está pontuada por desafios, fotos, missões secundárias e colecionáveis que expandem o universo de Peter Parker e Miles Morales. Graças à movimentação fluida, percorrer longas distâncias em busca de cada item torna-se parte da diversão, sem que a coleta pareça uma tarefa repetitiva.
Impacto para o jogador e para o mercado
O crescimento de jogos centrados em exploração responde ao apetite dos consumidores por experiências prolongadas e personalizadas. Para o jogador, essa abordagem significa maior valor por hora de entretenimento, já que sempre há algo novo a descobrir. No lado do mercado, analistas indicam que os conteúdos colecionáveis prolongam o ciclo de vida dos títulos, facilitando venda de DLCs, expansões e, em alguns casos, microtransações cosméticas ligadas a itens raros. Em outras palavras, quanto mais o jogo incentiva buscar segredos, maior a probabilidade de engajamento contínuo.
Se você costuma dedicar tempo a jogos de mundo aberto, vale ficar atento às promoções sazonais e a edições completas que já incluem expansões, garantindo acesso ao conteúdo adicional sem custo extra.
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Curiosidade
A expressão “collectathon”, usada para definir jogos baseados em colecionáveis, nasceu na década de 1990 com títulos como Banjo-Kazooie, da Rare. A influência permanece hoje em franquias modernas, mostrando que a busca por itens secretos continua a ser um dos motores mais fortes de engajamento nos videogames.
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