A atriz Jenna Ortega, protagonista de “Wandinha”, destacou três longas-metragens lançados na década de 1980 que, segundo ela, tiveram impacto decisivo em sua formação artística. Em entrevista à revista Elle UK, a norte-americana mencionou “Fanny e Alexander” (1982), “Asas do Desejo” (1987) e “A Torre Negra” (1987) como obras que “mudaram sua vida”.
Clássicos europeus entre as principais referências da atriz
O drama sueco “Fanny e Alexander”, dirigido por Ingmar Bergman, foi o primeiro título citado por Ortega. O filme narra a rotina de duas crianças e da mãe após a morte do patriarca e a chegada de um padrasto autoritário. Lançado em 1982, o longa venceu quatro prêmios no Oscar de 1984 e consolidou-se como uma das produções mais celebradas da filmografia de Bergman. “Acabei de ver ‘Fanny e Alexander’ e ele realmente transformou a maneira como encaro o trabalho”, afirmou a atriz.
Outra obra de destaque na lista é “Asas do Desejo”, do cineasta alemão Wim Wenders. Ambientado na então Berlim Ocidental, o filme apresenta anjos que observam a vida dos humanos sem serem percebidos, até que um deles decide abrir mão da imortalidade para viver um romance com uma trapezista. Premiado no Festival de Cannes em 1987, o longa influenciou a cultura pop mundial e inspirou o remake norte-americano “Cidade dos Anjos” (1998). Ortega declarou que, ao rever o filme, “chorou pela beleza da história”.
O terceiro título escolhido foi “A Torre Negra”, curta experimental do britânico John Smith. Na trama, um homem acredita estar sendo perseguido por uma torre que surge repetidamente em seu caminho pelas ruas de Londres. Produzida em 1987, a obra é reconhecida pelo uso criativo da narrativa em primeira pessoa e pelo clima enigmático, características que impressionaram a atriz. “Foi realmente interessante”, resumiu Ortega.
Influência desses filmes na trajetória de Ortega
Embora tenha apenas 21 anos, Jenna Ortega acumula projetos de destaque em cinema e televisão. Segundo profissionais do setor, a escolha de três clássicos europeus evidencia o compromisso da artista com referências cinematográficas consideradas fundamentais para atores e diretores. Especialistas em atuação apontam que obras de Bergman e Wenders costumam ser recomendadas em cursos de formação por explorarem conflitos internos dos personagens, tema recorrente no trabalho de Ortega em produções como “Você” e “Pânico”.
Para o crítico de cinema Luís Teixeira, a preferência de Ortega por filmes que unem drama psicológico e elementos sobrenaturais revela coerência com sua carreira. “Esses títulos dialogam com o tom sombrio de ‘Wandinha’ e com a atmosfera de franquias de terror em que ela atuou”, avalia.
Dados da plataforma Letterboxd mostram que menções a “Fanny e Alexander” subiram 15% nas primeiras 24 horas após a entrevista, indicando impacto imediato no interesse do público. Plataformas de streaming que possuem o clássico no catálogo registraram crescimento nas buscas, segundo relatórios internos consultados pela imprensa internacional.
Relevância para o mercado audiovisual
O posicionamento de personalidades com alcance global costuma influenciar tendências de consumo de mídia. Agentes do setor observam que indicações espontâneas, como a de Ortega, podem impulsionar a negociação de direitos de exibição e estimular relançamentos em Blu-ray ou em versões remasterizadas. Em 2022, situação semelhante ocorreu após o ator Timothée Chalamet citar “O Espelho” (1975), de Andrei Tarkovski, provocando aumento de 40% nas vendas do filme em home video.
Do ponto de vista da crítica, a lista de Ortega reforça o diálogo entre gerações ao aproximar produções europeias de um público mais jovem. Para escolas de cinema, esse interesse representa oportunidade de revisitar técnicas de direção e fotografia que influenciaram o cinema contemporâneo.

Imagem: Mica Schipper
Por fim, a revelação pode servir de termômetro para o mercado de licensing. Empresas de distribuição avaliam que, diante do interesse renovado, há espaço para programações especiais em salas de arte e sessões ao ar livre, práticas que se intensificaram após a pandemia.
Impacto para o público brasileiro
Para os espectadores, a indicação de clássicos menos populares pode ampliar o repertório cinematográfico e estimular o acesso a produções fora do circuito hollywoodiano. Em plataformas disponíveis no Brasil, como Mubi e Telecine Play, “Fanny e Alexander” e “Asas do Desejo” já constam no catálogo. “A Torre Negra”, por se tratar de um curta experimental, costuma aparecer em mostras temáticas ou acervos universitários, mas negociações estão em andamento para inclusão em streaming, segundo distribuidores.
Quem acompanha a carreira de Ortega pode observar influências diretas dessas obras em futuros papéis. A atriz, que retorna às gravações da segunda temporada de “Wandinha” ainda este ano, declarou recentemente buscar projetos que desafiem sua compreensão sobre o comportamento humano — característica presente nas três produções mencionadas.
Na prática, a recomendação de filmes europeus por uma estrela mainstream reforça a importância de curadoria em serviços digitais e pode levar plataformas a investir em parcerias com cinematecas, abrindo espaço para catálogos mais variados. Para o público, isso significa acesso facilitado a produções históricas e maior diversidade de conteúdo.
Curiosidade
Você sabia que “Asas do Desejo” quase recebeu o título provisório de “Os Céus sobre Berlim”? A mudança para o nome atual ocorreu poucas semanas antes da estreia para valorizar o caráter poético da trama, algo que, décadas depois, segue encantando artistas como Jenna Ortega.
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