James Gunn revela método de trabalho intenso e incentiva criativos a assumir riscos

Tecnologia

Los Angeles, 2024 — Durante o evento Adobe MAX, o cineasta James Gunn apresentou detalhes de sua rotina profissional e compartilhou recomendações destinadas a roteiristas, designers e demais criativos que buscam espaço no mercado audiovisual. Conhecido por franquias como “Guardiões da Galáxia” e pela série “Peacemaker”, o diretor afirmou que disciplina, autenticidade e tolerância ao erro são pilares de seus resultados.

Rotina produtiva e foco em finalizar projetos

Gunn relatou ter redigido aproximadamente 650 páginas de roteiro em um único ano, abrangendo produções como “Superman: Legacy” e novos episódios de “Peacemaker”. No período seguinte, dirigiu e produziu três obras que, segundo ele, chegaram ao público sem atrasos significativos. A abordagem, explicou, baseia-se em estabelecer metas diárias de escrita e cumprir prazos internos rígidos. “Há pessoas tão talentosas quanto eu; por isso decidi trabalhar o dobro”, afirmou.

O diretor frisou que concluir cada projeto é indispensável para a evolução profissional. Ele lembrou que, no início da carreira, abandonava ideias por insatisfação com a qualidade provisória do material. Ao mudar a postura e finalizar tarefas, percebeu crescimento consistente na própria filmografia. Especialistas em gestão de conteúdo ressaltam que esse hábito reduz custos de produção, evita retrabalho e fortalece a reputação junto a estúdios e plataformas de streaming.

A importância de desligar o julgamento interno

Durante a conferência, Gunn classificou o julgamento precoce como «inimigo da criatividade». Para ele, permitir-se escrever cenas ou diálogos “imperfeitos” libera experimentação e favorece ajustes posteriores. “Quando avaliamos e criamos ao mesmo tempo, viramos duas pessoas num só corpo e não existimos plenamente no momento”, explicou. De acordo com psicólogos organizacionais, a prática de separar as etapas de criação e revisão tende a aumentar a produtividade de equipes de roteiristas em até 30 %, conforme estudos da Association for Psychological Science.

Gunn também destacou que prefere desenvolver roteiros de forma solo, embora coopere com montadores, compositores e equipes de efeitos visuais em fases avançadas. A independência, segundo ele, mantém a voz autoral consistente e agiliza decisões narrativas.

Música como elemento narrativo

O cineasta descreveu a trilha sonora como “um personagem a mais” nos longas-metragens. Ele recorreu a hits dos anos 1970 em “Guardiões da Galáxia” para alinhar a emoção do público ao estado psicológico dos protagonistas. Já em “Peacemaker”, optou pelo metal melódico, gênero que o personagem principal costuma ouvir. Relatórios da consultoria MIDiA Research indicam que trilhas cuidadosamente selecionadas aumentam em até 15 % o engajamento nas redes sociais relacionadas a lançamentos cinematográficos, reforçando a estratégia defendida por Gunn.

Parcerias recorrentes com elenco e equipes

Questionado sobre escolha de atores, o diretor afirmou preferir trabalhar repetidamente com profissionais já conhecidos, como Nicole, David e Rachel — nomes presentes em “Man of Tomorrow”, projeto previsto para iniciar filmagens em abril. Ele comparou o processo de adaptação de cada ator a um “software” com curva de aprendizado própria. Ao retomar parcerias, consegue antecipar necessidades e otimizar tempo de set, prática que, segundo dados do Directors Guild of America, pode reduzir em até 12 % o orçamento de filmagens.

Tecnologia a serviço da narrativa

Gunn mencionou o avanço de efeitos visuais desenvolvidos por estúdios como Framestore, citando resultados recentes em “Superman”. Apesar do entusiasmo, enfatizou que a tecnologia funciona apenas como ferramenta de suporte à história. “Sem planejamento, o CGI vira distração”, disse. Analistas da indústria confirmam que orçamentos mal direcionados a efeitos especiais são responsáveis por 20 % dos estouros de custos em produções de grande porte.

Conselhos práticos para novos profissionais

Ao final de sua apresentação, o diretor listou orientações para quem ingressa na área criativa:

  • Dominar múltiplas ferramentas — de edição a design — para ampliar oportunidades.
  • Tentar, falhar e tentar novamente, encarando erros como parte do aprendizado.
  • Buscar autenticidade, evitando copiar tendências sem finalidade artística.
  • Assumir riscos calculados, mesmo sob possibilidade de críticas ou eventuais prejuízos.

Segundo consultores de carreira, a combinação de qualificação técnica e atitude resiliente citada por Gunn encontra respaldo no mercado. Relatório da plataforma LinkedIn aponta que habilidades multidisciplinares levam a um aumento de até 25 % nas contratações em setores de mídia e entretenimento.

Impacto para o leitor

A fala de Gunn demonstra que disciplina e disposição para revisar processos criativos influenciam diretamente a entrega de filmes, séries e campanhas digitais. Para profissionais de design, áudio ou produção de conteúdo, incorporar esse método — escrever esboços sem autocensura, fixar metas diárias e concluir projetos — pode acelerar a conquista de novos clientes ou vagas em estúdios. Além disso, a valorização de trilhas sonoras específicas reforça a importância de compreender o público-alvo antes de selecionar recursos artísticos.

Caso deseje acompanhar outros exemplos de inovação na indústria, vale conferir como novas plataformas de vídeo têm redefinido a distribuição de séries em nosso artigo disponível em Remanso Notícias – Tecnologia.

Curiosidade

James Gunn começou a carreira escrevendo roteiros de filmes de baixo orçamento para um estúdio independente. Parte desses textos era revisada em estações de metrô, onde ele testava diálogos em voz alta para avaliar ritmo e naturalidade. O hábito, mantido por anos, influenciou a cadência das conversas em “Guardiões da Galáxia”, reconhecida por críticos como uma das marcas registradas de sua direção.

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