Filme GOAT recebe selo de Jordan Peele e enfrenta críticas por roteiro e excessos visuais

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GOAT, novo longa de terror ambientado no universo do futebol americano universitário, chega aos cinemas em 2025 carregando o prestigiado aval de Jordan Peele. Apesar do destaque no material de divulgação, o cineasta vencedor do Óscar não assume a direção nem o roteiro; a condução cabe a Justin Tipping, de “Kicks”. A estratégia de estampar o nome de um realizador consagrado para atrair o público já é comum em Hollywood e, segundo especialistas do setor, tende a elevar a expectativa em torno da produção.

Enredo combina esporte e terror psicológico

A trama acompanha Cameron “Cam” Cade (Tyriq Withers), jovem quarterback que almeja o status de Greatest of All Time — expressão resumida pela sigla que dá título ao filme. Para alcançar o topo, Cade aceita treinar com o carismático e rígido Isaiah White, interpretado por Marlon Wayans. À medida que as sessões de treinamento se intensificam, a relação entre mentor e pupilo revela contornos tóxicos e sombrios, levando o protagonista a questionar os limites do próprio sacrifício em nome da glória esportiva.

Combinando rituais de seita, tensão psicológica e violência gráfica, o roteiro — assinado a seis mãos — propõe discutir fama, ambição e idolatria. Relatórios da indústria indicam que o interesse crescente do público brasileiro pelo futebol americano foi um dos fatores que motivaram a escolha do tema.

Recepção inicial destaca falhas de desenvolvimento

Críticos que assistiram às primeiras exibições apontam problemas de estrutura narrativa. De acordo com análises publicadas na imprensa especializada, várias ideias são apresentadas, mas poucas ganham profundidade. O excesso de simbolismos explícitos e os recursos de iluminação chamativa, comparados ao visual de videoclipes, teriam sobreposto o desenvolvimento dos personagens.

Marlon Wayans, conhecido por papéis cômicos, entrega um desempenho intenso como Isaiah White, mas a crítica considera que o tom “empenhado” do ator não encontra equilíbrio com o protagonista. Tyriq Withers, em sua primeira grande oportunidade no cinema, foi descrito como “contido demais” para sustentar o conflito dramático. Julia Fox (“Joias Brutas”) também integra o elenco, mas sua participação é considerada limitada.

Mesmo com as ressalvas, algumas sequências receberam elogios pontuais. Entre elas, cenas que utilizam efeito de raio-X para exibir impactos físicos em campo, recurso descrito como inventivo e aderente à temática esportiva. Ainda assim, a implementação foi tida como insuficiente para compensar o resultado geral.

Selo Peele: marketing eficiente, mas nem sempre garantia de qualidade

Na última década, diretores como James Wan e Mike Flanagan cederam seus nomes para promover obras de cineastas menos conhecidos, prática vista como “apadrinhamento”. O selo tende a facilitar financiamento, ampliar alcance de público e atrair mídia espontânea. No caso de GOAT, a presença de Jordan Peele — responsável por “Corra!” e “Nós” — reforçou a expectativa de crítica social inteligente e terror de atmosfera peculiar.

Segundo consultores de mercado, essa associação aumenta o apelo comercial, mas também eleva o risco de frustração caso a obra não atinja o padrão de qualidade percebido. A mesma situação foi observada em 2021 com “A Lenda de Candyman”, produzido por Peele e dirigido por Nia DaCosta, que obteve boa aprovação de público e crítica. A comparação tem sido inevitável entre os analistas.

Impacto para o público e para a indústria

Para os espectadores, a principal consequência é a divergência entre expectativa e experiência. Quem busca um terror tradicional pode estranhar a mistura de estética extravagante e comentário social sobre esportes. Já fãs de Jordan Peele podem se sentir enganados caso esperem seu estilo autoral. No mercado, o desempenho de GOAT será observado de perto por estúdios que apostam nesse modelo de promoção, podendo influenciar a frequência de futuros “selos” de grandes criadores em trabalhos de terceiros.

Segundo projeções de bilheteria, o filme estreia em circuito amplo nos Estados Unidos e deverá chegar ao Brasil logo depois. A movimentação comercial servirá de termômetro para avaliar a receptividade do público a narrativas que mesclam temáticas esportivas e terror, segmento ainda pouco explorado.

Para os usuários de plataformas de streaming, o resultado pode determinar se a obra chegará rapidamente ao catálogo de serviços on-demand. Caso o desempenho nos cinemas seja limitado, distribuidoras tendem a antecipar o lançamento digital para minimizar custos de marketing prolongado.

Embora as críticas iniciais indiquem dificuldades, especialistas ressaltam que ainda é cedo para definir o impacto definitivo. Testes de audiência adicionais e ajustes na campanha publicitária podem reposicionar o longa, enfatizando elementos mais próximos do terror físico em vez da carga simbólica.

Curiosidade

O título GOAT costuma remeter a atletas lendários, como Michael Jordan ou Tom Brady. No entanto, o termo nasceu em 1992, quando o boxeador Muhammad Ali se autoproclamou “Greatest of All Time”. A ligação entre esporte e idolatria, explorada no filme, resgata essa origem histórica e reforça a discussão sobre os limites do culto a figuras públicas.

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