Filme Christy fracassa nas bilheteiras e gera troca de acusações entre Ruby Rose e Sydney Sweeney

Entretenimento

O drama esportivo Christy, protagonizado por Sydney Sweeney e dirigido por David Michôd, registrou um dos piores desempenhos de estreia entre produções lançadas em larga escala nos Estados Unidos. O resultado acendeu uma disputa pública: Ruby Rose, atriz inicialmente cotada para o papel principal, criticou duramente Sweeney nas redes sociais, responsabilizando-a pelo insucesso comercial.

Bilheteria abaixo do previsto

Lançado em mais de 2 mil salas no fim de semana de estreia, Christy arrecadou apenas US$ 1,305 milhão, de acordo com dados de mercado. A média de US$ 649 por sala coloca o longa numa lista restrita de estreias de grande abrangência com receita inferior a US$ 1 milhão, patamar considerado crítico pelos analistas de bilheteria. Segundo especialistas do setor cinematográfico, números dessa ordem costumam refletir desafios de marketing, falta de apelo junto ao público ou competição direta com produções de maior visibilidade.

A trama acompanha a vida da boxeadora Christy Martin, figura de destaque nos anos 1990, que enfrentou um relacionamento abusivo com o marido e treinador enquanto buscava afirmação na comunidade LGBTQ+. Com temática social relevante e roteiro baseado em fatos, o longa pretendia dialogar com diferentes audiências, mas não conseguiu converter esse potencial em receita.

Críticas de Ruby Rose

Ruby Rose, conhecida pela série Orange Is the New Black, revelou que integrou a fase inicial de desenvolvimento do projeto e que o roteiro original “mudou sua vida”. Segundo a atriz, grande parte do elenco primeiro cotado era formado por profissionais LGBTQ+, numa proposta de autêntica representatividade. Em postagem na rede Threads, Rose relatou ter perdido o papel — situação que considera comum na profissão —, mas afirmou que a escolha final comprometeu o resultado.

Na publicação, Rose chamou Sweeney de “cretina” e alegou que a colega não estabeleceu conexão genuína com a trajetória de Christy Martin. A australiana argumentou ainda que o desempenho abaixo do esperado comprovaria a falta de identificação do público-alvo com a intérprete atual. “Ninguém quer ver alguém que nos odeia fingindo ser um de nós”, escreveu, referindo-se à personagem e à comunidade LGBTQ+ retratada na obra.

O comentário recebeu repercussão imediata nos veículos de entretenimento. Fontes próximas à produção relatam que a equipe de Christy preferiu não responder diretamente às críticas, mas reforçou que o elenco foi selecionado com base em testes e disponibilidade de calendário. Até o momento, David Michôd não se pronunciou publicamente sobre a polêmica.

Poisção de Sydney Sweeney

Sydney Sweeney, atualmente associada ao Partido Republicano nos Estados Unidos e envolvida em controvérsias recentes de comunicação, manifestou-se no Instagram logo após a divulgação dos números de bilheteria. Segundo a atriz, o objetivo principal sempre foi “o impacto da arte” e não os resultados financeiros. “Se Christy deu a pelo menos uma mulher coragem para buscar segurança, já atingimos nossa meta”, declarou.

O fracasso de bilheteria de Christy soma-se à performance aquém da expectativa de outros trabalhos recentes de Sweeney, como Americana (2023) e Eden (2024). De acordo com relatórios da indústria, esses títulos também encontraram dificuldades para atrair público fora do círculo de fãs da atriz. Consultores de mercado apontam que questões de imagem pública podem interferir na recepção popular, sobretudo quando envolvem temas sociopolíticos sensíveis.

Repercussão e possíveis desdobramentos

Especialistas em cinema observam que resultados negativos em sequência podem impactar tanto a escolha de papéis futuros quanto a negociação de cachês. Para produtores independentes, a receptividade morna de Christy sugere cautela ao escalar nomes que dividem opiniões político-ideológicas. Por outro lado, a discussão levanta o debate sobre representatividade no audiovisual e a importância de vivências próximas às trajetórias retratadas.

Do ponto de vista comercial, analistas avaliam se a estratégia de lançamento tradicional — focada em salas físicas — continua eficaz para dramas biográficos de médio orçamento. Plataformas de streaming demonstraram ser alternativas viáveis para produções com público segmentado, oferecendo maior vida útil ao conteúdo. Segundo dados oficiais do mercado, longas com temática semelhante tiveram melhor performance quando estrearam diretamente nesses serviços, reduzindo custos de distribuição.

Para o espectador brasileiro, o caso reforça a necessidade de avaliar a qualidade artística e o contexto de produção além do desempenho financeiro. Filmes com bilheteria modesta podem, ainda assim, trazer narrativas relevantes e provocar reflexões sobre violência doméstica, identidade e superação.

Caso deseje acompanhar outras estreias recentes e ver como o público tem reagido, acesse também a seção de entretenimento do portal Remanso Notícias, onde reunimos análises e notícias atualizadas.

Curiosidade

A boxeadora Christy Martin, cuja história inspira o filme, venceu 49 das 59 lutas que disputou e foi a primeira mulher a estampar a capa da revista Sports Illustrated. Em 2020, entrou para o Hall da Fama do Boxe Internacional, reforçando a relevância de sua trajetória para o esporte e para a visibilidade feminina nos ringues.

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