Eclipse solar parcial de domingo terá transmissão ao vivo e atinge até 80% de cobertura no Hemisfério Sul

Tecnologia

O último eclipse solar de 2025 acontece neste domingo, 21 de setembro, e poderá ser acompanhado em tempo real por meio de uma transmissão ao vivo programada para começar às 15h (horário de Brasília). Embora o fenômeno seja visível de forma presencial por apenas 0,2% da população mundial, a cobertura online garantirá que qualquer interessado observe o evento de forma segura.

Transmissão ao vivo permite acompanhar o fenômeno a partir de casa

A cobertura será conduzida pelo editor-executivo Bruno Capozzi e pelo astrônomo Marcelo Zurita, que também preside a Associação Paraibana de Astronomia (APA) e integra a Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). O sinal será disponibilizado em múltiplas plataformas sociais, incluindo Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok, facilitando o acesso em dispositivos móveis ou desktops.

De acordo com os organizadores, o conteúdo ao vivo abordará tanto aspectos visuais do eclipse quanto explicações científicas sobre suas causas, tipos e particularidades. Especialistas ressaltam que a transmissão online reduz o risco de danos à visão, uma vez que muitos espectadores ainda subestimam a necessidade de filtros específicos ao observar o Sol diretamente.

Regiões com maior visibilidade no Hemisfério Sul

Segundo dados oficiais de centros de pesquisa, o eclipse será parcial, o tipo mais comum, quando a Lua encobre apenas uma fração do disco solar. A maior parte da faixa de observação situa-se na Antártica, na Nova Zelândia, em uma estreita área da costa leste da Austrália e em algumas ilhas do Pacífico Sul.

Na Antártica, as estações de pesquisa Mario Zucchelli, McMurdo e a plataforma de gelo Ross terão condições privilegiadas, com ocultação do Sol variando de 65% a 72%. Já a Base Marambio registrará apenas 5%, e a Península Antártica verá cerca de 12% do disco solar coberto.

Na Nova Zelândia, o eclipse começa logo ao nascer do Sol. Cidades como Invercargill, Christchurch e Wellington observarão respectivamente 72%, 69% e 66% de cobertura. Auckland, mais ao norte, terá 60% de ocultação. Na costa leste da Austrália, destacam-se locais como a Ilha Macquarie, onde o fenômeno atingirá quase 80% de cobertura — o valor mais alto fora do continente antártico.

No Pacífico Sul, ilhas como Tonga, Fiji, Cook e Samoa também testemunharão o evento, embora de maneira menos expressiva, com porcentagens entre 17% e 32%. Especialistas lembram que a visibilidade pode ser ainda mais limitada por condições meteorológicas locais, como nuvens baixas ou nevoeiro matinal.

Tipos de eclipses e por que o fenômeno de domingo é parcial

Eclipses solares ocorrem quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando sua sombra sobre a superfície terrestre. Existem quatro formatos principais:

  • Total – o disco solar é completamente coberto, transformando o dia em crepúsculo por alguns minutos;
  • Anular – a Lua está mais distante da Terra, não cobre o Sol por inteiro e forma o chamado “anel de fogo”;
  • Parcial – apenas parte do Sol é ocultada, sem alterações significativas na luminosidade ambiente;
  • Híbrido – mistura características dos eclipses total e anular, sendo o menos frequente.

O fenômeno deste domingo é parcial, considerado o mais comum. Relatórios indicam que eclipses parciais podem ocorrer várias vezes por década, ao passo que os híbridos são raros, como o registrado em abril de 2023.

Segurança: filtros adequados continuam indispensáveis

Médicos oftalmologistas alertam que observar o Sol a olho nu pode causar queimaduras irreversíveis na retina. Filtros homologados, como óculos com certificação ISO 12312-2 ou telescópios equipados com filtros solares, devem ser utilizados. Folhas de raio X, chapas de filme fotográfico e vidros escurecidos não oferecem proteção adequada.

Para quem não possui equipamentos apropriados, especialistas recomendam acompanhar a transmissão online ou recorrer a métodos indiretos, como projeção de imagem através de pequenos furos em cartolinas.

Impacto para pesquisadores e entusiastas

Eclipses oferecem oportunidades de estudo sobre a coroa solar, dinâmica atmosférica e variações de temperatura local. Observatórios na Antártica planejam medir a influência da breve redução de luminosidade sobre o gelo marinho, dados considerados relevantes para pesquisas climáticas. Para astrônomos amadores, o evento serve ainda como treinamento para eclipses totais ou anulares futuros, que exigem logística mais complexa.

Para o público em geral, a principal mudança será o acesso facilitado à observação científica em tempo real. A integração de redes sociais à transmissão tende a ampliar o engajamento e despertar interesse em astronomia, segundo especialistas em educação científica.

Curiosidade

O eclipse solar mais antigo com registro histórico documentado ocorreu cerca de 6 mil anos atrás, segundo estudos sobre inscrições sumérias. Naquela época, o evento era interpretado como sinal de presságios divinos; hoje, ele serve de laboratório natural para avanços na astrofísica e na meteorologia espacial, mostrando como a compreensão humana sobre o cosmos evoluiu.

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