Controle impressiona, mas Drag X Drive não sustenta o interesse por muito tempo

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Drag X Drive, jogo de basquete em cadeira de rodas desenvolvido para o Switch 2, chama atenção pelo esquema de controle inédito, mas carece de conteúdo para prender o jogador a longo prazo. Vendido por US$ 20, o título aposta em partidas 3 x 3 e mini-jogos que, apesar de divertidos num primeiro momento, mostram poucas opções de profundidade e personalização.

Como funciona o sistema de controle

A principal novidade de Drag X Drive está no uso dos dois Joy-Cons em modo “mouse”. O jogador desliza cada controle para frente ou para trás simulando o movimento das rodas de uma cadeira. Ao frear apenas um dos lados, é possível realizar curvas fechadas; já a combinação de freio e elevação de um Joy-Con coloca o usuário em uma roda só, abrindo caminho para manobras como o bunny hop. Arremessar também é intuitivo: basta erguer o braço e dar um leve giro de pulso.

Entre as manobras avançadas, o destaque fica para a enterrada. Para executá-la, é preciso ganhar velocidade, subir pela rampa localizada ao lado da tabela adversária, alternar rapidamente os movimentos nos Joy-Cons ao atingir o topo e lançar a bola em pleno voo. Apesar de complexa, a ação recompensa o esforço ao pontuar frações extras que podem decidir partidas.

Partidas curtas e poucas variações

O modelo principal é o basquete 3 x 3, que oferece partidas dinâmicas logo no primeiro contato. O jogo conta com três classes de personagem, cada uma com diferenças modestas em atributos de velocidade e força. No entanto, essas variações se mostram pouco impactantes no ritmo das disputas.

Para incrementar a pontuação, Drag X Drive adiciona valores fracionados quando o atleta realiza “jogadas de estilo”, como enterradas ou arremessos de longa distância. Embora somas de 0,2 ponto pareçam insignificantes, elas se mostraram decisivas em empates durante o teste.

Mini-jogos não mantêm o fôlego

Entre uma partida e outra, o lobby alterna dois mini-jogos principais: corrida até o outro lado do mapa e perseguição a uma bola solta. Ambos funcionam como distração inicial, mas rapidamente se tornam repetitivos. Outras atividades, como desafios de arremesso e percursos de obstáculos espalhados pelo parque, servem basicamente para praticar movimentos.

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Imagem: Jesse Lennox Published Aug via digitaltrends.com

Apresentação sem personalidade

Apesar da jogabilidade inventiva, o título peca na ambientação. O visual é descrito como utilitário, sem elementos marcantes de trilha sonora, narrador ou opções robustas de customização. Fora a escolha de cores, o único item personalizável é o capacete do atleta, escolha que limita a sensação de progresso.

Protótipo promissor, pacote enxuto

Drag X Drive foi testado no Switch 2 e deixa a impressão de ser mais um protótipo promissor do que um produto completo. O sistema de locomoção em cadeira de rodas traz frescor ao gênero esportivo, mas a falta de modos adicionais e o conteúdo raso reduzem o apelo a longo prazo. Jogadores que buscam algo diferente encontrarão diversão inicial, mas talvez não vejam motivo para voltar com frequência.

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Fonte: Digital Trends

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