Uma classificação divulgada pelo site norte-americano Screen Rant reuniu as criaturas do horror que mais acumularam participações na história do cinema. O levantamento mostra que a longevidade continua a ser decisiva para transformar vilões em ícones culturais, e revela que o conde Drácula encabeça a lista com folga, ultrapassando a marca de 100 filmes.
Os 10 monstros com mais filmes na história
Segundo o ranking, a 10.ª posição pertence ao Lobisomem, presente em nove produções. O personagem, popularizado pela Universal ainda na década de 1940, ganhou remakes, comédias e até um novo reboot previsto para 2025.
No nono lugar aparece Freddy Krueger, antagonista da série “A Hora do Pesadelo”. Estreado em 1984, o demônio dos sonhos participou de nove longas, incluindo o crossover “Freddy vs. Jason” (2003) e o reboot de 2010.
Jason Voorhees, de “Sexta-Feira 13”, ocupa a oitava posição com dez aparições. O assassino mascarado não surge no filme original — em que a mãe Pamela Voorhees assumia o papel de vilã — e tampouco em “Parte V: Um Novo Começo”, dominado por um imitador, mas continua somando títulos ao longo de quatro décadas.
Também com dez participações, A Múmia está em sétimo lugar. Desde o clássico de 1932 estrelado por Boris Karloff, o personagem ganhou sequências, crossovers comédia e duas fases de reinvenção: a trilogia liderada por Brendan Fraser (1999-2008) e a tentativa de relançamento protagonizada por Tom Cruise em 2017.
Os demoníacos Cenobitas de “Hellraiser” aparecem na sexta colocação, somando 11 filmes. A primeira produção chegou em 1987, e a franquia seguiu direto para vídeo em diversas continuações antes de ser atualizada em 2022.
Na quinta posição está Michael Myers, protagonista da saga “Halloween”, com 12 longas. O personagem não faz parte de “Halloween III: A Noite das Bruxas” (1982), mas retorna em franquias paralelas, em dois remakes dirigidos por Rob Zombie e na trilogia mais recente, encerrada em 2022.
Em quarto lugar aparece O Homem Invisível, que totaliza 14 títulos desde 1933. Ao longo do tempo, o conceito original foi adaptado em vários países, culminando em uma elogiada releitura lançada em 2020.
Godzilla ocupa a terceira posição com 39 filmes. Criado em 1954, o “Rei dos Monstros” soma 33 produções do estúdio Toho e mais seis títulos ocidentais, incluindo o atual MonsterVerse.
Surgido no romance de Mary Shelley, o Monstro de Frankenstein ultrapassa 50 créditos cinematográficos e aparece em segundo na lista. A interpretação de Boris Karloff em 1931 definiu o visual do personagem, que mais tarde seria reinventado pela Hammer Films e por diversas paródias.
Na liderança absoluta, Drácula acumula mais de 100 aparições. A primeira encarnação oficial ocorreu em 1931 com Bela Lugosi, e, desde então, o vampiro atravessou gerações, passando por interpretações de Christopher Lee e, mais recentemente, por produções como “Renfield” (2023).

Imagem: Reprodução
O que garante a permanência desses vilões?
Especialistas em cultura pop apontam que a combinação de domínio público, facilidade de reinvenção e baixo custo de produção impulsiona essas franquias de horror. A maioria dos personagens pertence a obras literárias antigas ou a estúdios com direitos consolidados, o que facilita novas adaptações sem grandes barreiras legais.
Outro fator é o apelo comercial. Relatórios de bilheteria indicam que filmes de terror costumam apresentar orçamentos modestos aliados a forte retorno financeiro. Essa equação incentiva produtoras a revisitar marcas conhecidas, garantindo reconhecimento imediato do público.
Há ainda o entrosamento entre cinema e outras mídias. Godzilla e Drácula, por exemplo, ganharam séries, quadrinhos e produtos licenciados, prolongando a relevância das criaturas. A presença em plataformas de streaming também impulsiona novos espectadores a buscar filmes antigos, elevando a demanda por reboots e continuações.
Impacto para fãs e mercado
Para o público, a longevidade desses monstros influencia diretamente a oferta de conteúdo em cinemas e catálogos digitais. Quem acompanha a evolução do gênero pode observar mudanças de tom, de técnicas de efeitos especiais e de abordagem narrativa ao longo das décadas. Já para os estúdios, manter propriedades reconhecidas reduz riscos e permite explorar linhas de produtos, parques temáticos e experiências imersivas.
No Brasil, distribuidoras continuam apostando em relançamentos e sessões especiais de clássicos de horror, enquanto produtoras nacionais buscam inspiração nesses modelos para criar marcas próprias. Segundo dados da Ancine, o terror representa hoje um dos segmentos com crescimento constante em ingressos vendidos no país.
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Curiosidade
Embora Drácula lidere a lista em número de filmes, o primeiro vampiro a chegar às telas foi Nosferatu, produção alemã de 1922 que quase desapareceu por problemas de direitos autorais. As cópias sobreviventes tornaram-se referência visual para o gênero, influenciando diretamente o visual de vários longas posteriores sobre o conde.
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