Marvel Studios substituiu o material promocional de Thunderbolts* na plataforma Disney+, retirando a vilã Taskmaster e todos os armamentos empunhados pelos heróis. A mudança chama atenção porque a personagem, presente em cartazes de cinema e trailers, morre logo no início do longa-metragem, lançado nos cinemas em 2025.
O que mudou no novo banner
O pôster original exibia Taskmaster (Olga Kurylenko) ao lado de Yelena Belova (Florence Pugh), Red Guardian (David Harbour), Ghost (Hannah John-Kamen), U.S. Agent (Wyatt Russell) e Winter Soldier (Sebastian Stan). Na imagem, a antagonista risca o escudo de U.S. Agent com uma espada, enquanto Yelena e Bucky aparecem armados com pistolas.
No banner agora exibido no Disney+, Taskmaster foi removida por completo. Além disso, todas as armas de fogo desapareceram: Yelena e Winter Soldier continuam com as mãos na mesma posição, mas sem qualquer objeto. A tonalidade também mudou; o fundo esfumaçado e escuro deu lugar a um campo amarelo de alto contraste, reforçando um visual menos sombrio.
Por que a remoção de Taskmaster chama atenção
Na trama, a vilã é eliminada logo nas primeiras cenas, num desfecho definitivo — sem a habitual possibilidade de ressurreição que marca o universo cinematográfico da Marvel. Especialistas em marketing apontam que a presença da personagem nos cartazes anteriores funcionou como elemento de surpresa, mantendo em segredo o destino da antagonista. Agora, como o filme já está disponível para streaming, a estratégia de manter o mistério perdeu utilidade.
Relatórios de bilheteria indicam que Thunderbolts* estreou em maio de 2025 com desempenho sólido, mas enfrentou queda de público nas semanas seguintes. Analistas de mercado avaliam que a expectativa de ver Taskmaster em ação poderia ter ajudado a impulsionar as primeiras sessões. A exclusão da figura no banner do Disney+ reflete um estágio pós-lançamento focado em apresentar apenas os personagens que sustentam o arco narrativo do restante da história.
Armas fora da arte promocional
A opção de retirar pistolas, espada e faca do material chama a atenção de fãs e de especialistas em comunicação visual. Segundo estudiosos da representação de violência na mídia, grandes conglomerados costumam suavizar elementos bélicos em peças destinadas a audiências amplas, especialmente em serviços de streaming assistidos por crianças.
A abordagem, no entanto, contrasta com o conteúdo do próprio filme, classificado como PG-13 pelo órgão americano de classificação indicativa. A produção mostra cenas de combate corpo a corpo e uso de armamento convencional, em intensidade comparável a outros títulos da franquia. Para a professora de cinema e mídia digital Ana Cecília Prado, “remover armas do pôster não altera a natureza do filme, mas procura atenuar a percepção de violência logo no primeiro contato do espectador”.
Precedentes e estratégias da Disney
Não é a primeira vez que a Disney ajusta peças promocionais após a estreia. Casos anteriores envolveram o reposicionamento de personagens ou alterações de cor para adequação cultural em diferentes mercados. De acordo com dados oficiais de 2024, a empresa tem ampliado controles sobre os ativos de marketing visando compatibilidade com políticas internas de responsabilidade social.
Especialistas em branding apontam ainda que a iniciativa pode dialogar com discussões públicas sobre o uso de armas em conteúdo destinado a faixas etárias mais jovens. Ao remover pistolas e lâminas das mãos de heróis, a companhia evita controversas potenciais em thumbnails e menus de navegação, espaços visualizados rapidamente por usuários de todas as idades.

Imagem: Internet
Impacto para o público e para o futuro da franquia
Para quem assiste ao filme pela primeira vez no Disney+, a ausência de Taskmaster no banner elimina expectativas sobre o envolvimento da personagem, alinhando a comunicação ao que realmente se vê em tela. Por outro lado, fãs que apreciam fidelidade entre promoção e enredo podem perceber a mudança como tentativa de reescrever a imagem do longa.
Segundo consultores de indústria, a decisão também sinaliza um possível padrão para futuros lançamentos da Marvel no streaming: banners que reflitam a narrativa final, não necessariamente o material de campanha de cinema. Esse modelo pode reduzir decepções de espectadores e minimizar reclamações relacionadas a “marketing enganoso”.
No cotidiano do usuário, a alteração parece pequena, mas indica maior atenção das plataformas à apresentação visual de seus catálogos. Banners menos violentos podem influenciar escolhas de pais ao selecionar títulos para a família e até impactar algoritmos de recomendação, que levam em conta imagens e metadados para sugerir conteúdos.
Para quem acompanha o universo Marvel, o episódio reforça a necessidade de observar não só as histórias contadas em tela, mas também as estratégias de divulgação que moldam expectativas. O ajuste pós-estreia mostra como estúdios podem reconfigurar a imagem de um produto conforme a janela de exibição e o público-alvo.
Curiosidade
Essa não é a primeira vez que armas desaparecem de materiais promocionais. Em 2022, a série The Falcon and the Winter Soldier teve um pôster ajustado na Coreia do Sul, trocando a pistola do personagem de Sebastian Stan por um smartphone. A prática, conhecida internamente como “visual sanitization”, busca adaptar imagens a contextos culturais ou faixas etárias. No caso de Thunderbolts*, a medida ganha relevo por acontecer dentro da própria plataforma da Disney, sugerindo que esse tipo de refinamento pode se tornar padrão em futuros lançamentos do estúdio.
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