A disputa judicial entre os atores Blake Lively e Justin Baldoni, iniciada no fim de 2024, entra em nova etapa após a conclusão da fase de depoimentos. Segundo pessoas familiarizadas com o processo, testemunhas-chave ligadas à produção do filme “É Assim que Acaba” já foram ouvidas, encerrando oficialmente a coleta de provas no último dia 10 de outubro. Com isso, o caso segue para uma audiência preliminar marcada para 16 de dezembro e, posteriormente, para julgamento em março de 2026.
Depoimentos envolvem elenco, autora e ex-agente
De acordo com informações obtidas junto ao tribunal, a lista de depoentes inclui a escritora Colleen Hoover, autora do livro que originou a adaptação cinematográfica, além das atrizes Jenny Slate e Isabela Ferrer, ambas integrantes do elenco. Também prestou depoimento Danny Greenberg, ex-agente de Baldoni, que descreveu suposto comportamento de “extorsão” por parte de Lively durante as filmagens. O próprio Greenberg, no entanto, esclareceu que não se trata de acusação criminal.
Blake Lively, 38 anos, e Justin Baldoni, 41 anos, já deram suas versões dos fatos. Entre as equipes de bastidores, publicitários, consultores jurídicos e representantes de ambas as partes também foram ouvidos. Segundo documentos judiciais, nenhum depoimento adicional de pessoas próximas à atriz foi requisitado: Ryan Reynolds, marido de Lively, e a cantora Taylor Swift não constam na relação de testemunhas.
Origem do conflito e próximas etapas no tribunal
O litígio teve início em dezembro de 2024, quando Lively apresentou queixa formal por assédio sexual contra Baldoni em contexto de set de filmagem. O ator e diretor nega as alegações. Em resposta, Baldoni protocolou processo por difamação, do qual Ryan Reynolds chegou a ser citado, mas a Corte rejeitou a inclusão do ator canadense em junho deste ano.
Após o término da fase de instrução, o cronograma oficial prevê audiência de atualização para 16 de dezembro de 2025, quando poderá ocorrer tentativa de acordo ou confirmação da pauta de julgamento, atualmente fixada para março de 2026. Analistas jurídicos consultados afirmam que o intervalo de mais de um ano entre audiências é comum em casos de alta complexidade envolvendo figuras públicas, devido ao volume de provas e à agenda do tribunal.
Impacto na indústria do entretenimento e possíveis reflexos
Especialistas em direito do trabalho apontam que processos envolvendo alegações de assédio em grandes produções têm levado estúdios a revisar protocolos internos de segurança e compliance. Segundo relatórios do Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG-AFTRA), práticas de prevenção a assédio passaram a figurar nos contratos padrão a partir de 2023, o que tende a reduzir riscos para produtoras e profissionais.
No caso de “É Assim que Acaba”, filmado entre 2023 e 2024, o conflito pode influenciar a agenda de divulgação do longa-metragem. Distribuidoras normalmente evitam estreias próximas a julgamentos de alto perfil, para não associar a obra a controvérsias. Caso o calendário judicial seja mantido, analistas de mercado preveem que eventuais lançamentos futuros em plataformas de streaming ou no cinema sejam reprogramados.
Outro ponto em discussão é o impacto financeiro. Estimativas preliminares de consultorias do setor indicam que custos com honorários jurídicos, seguros e potenciais indenizações podem afetar o retorno do investimento na produção. Algumas seguradoras passaram a exigir cláusulas específicas para cobrir litígios por assédio, elevando os prêmios e, consequentemente, o orçamento dos filmes.
Reflexos para a carreira dos envolvidos
Tanto Lively quanto Baldoni têm projetos paralelos em andamento. Agentes de mercado avaliam que a repercussão do processo pode influenciar contratos publicitários e convites para novos papéis. Em estudos de imagem corporativa, consultorias identificam declínio temporário na percepção de marcas associadas a celebridades envolvidas em litígios, mesmo antes de decisões judiciais.

Imagem: Jose Perez
Contudo, especialistas em gestão de crise lembram que artistas que demonstram transparência e cooperam com as investigações costumam recuperar credibilidade. A trajetória de casos anteriores, como o acordo entre Scarlett Johansson e a Disney em 2021, sugere que reabilitação de imagem pode ocorrer rapidamente após resolução judicial ou extrajudicial.
O que muda para o público e para a indústria
Para o espectador, o principal efeito é a possibilidade de adiamento do filme e de eventuais materiais promocionais. Para plataformas de streaming, adiar estreias pode diminuir a capacidade de gerar assinaturas em períodos específicos. Já para produtores independentes, o caso reforça a necessidade de protocolos claros de conduta em set, alinhados às diretrizes internacionais de combate ao assédio.
A continuidade desse processo serve, ainda, como alerta para investidores do setor audiovisual. Segundo relatórios da Motion Picture Association, ações judiciais envolvendo elenco principal podem adicionar até 15% ao orçamento total, entre prêmios de seguro e provisões para contingências.
Ao acompanhar o caso, o público poderá observar como tribunais lidam com alegações de assédio em ambiente de trabalho, e de que forma isso afeta cronogramas de lançamento e estratégias de marketing de grandes estúdios. Caso um acordo seja firmado antes do julgamento, é possível que detalhes permaneçam confidenciais, modelo comum em litígios de alto perfil.
Para quem deseja seguir informado sobre os desdobramentos, a seção de Entretenimento do Remanso Notícias traz atualizações frequentes sobre produções cinematográficas e bastidores de Hollywood.
Curiosidade
Embora longo, o intervalo de quase dois anos entre a queixa inicial e o julgamento não é recorde em Hollywood. O processo entre Johnny Depp e Amber Heard, por exemplo, levou mais de quatro anos até a decisão final. Especialistas atribuem esses prazos aos calendários sobrecarregados dos tribunais e ao grande volume de provas digitais — e-mails, mensagens e vídeos de set — que precisam ser analisadas minuciosamente.
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