Tom Blyth, intérprete de Coriolanus Snow no filme “A Balada dos Pássaros e das Serpentes”, pediu desculpas publicamente por ter chamado Cillian Murphy de “ícone britânico”. O equívoco ocorreu em setembro de 2025, durante um desfile da Burberry em Londres, quando o ator foi questionado sobre qual personalidade do Reino Unido ele veria como embaixador da grife. Murphy, na verdade, nasceu em Cork, na Irlanda, e mantém forte vínculo com o seu país de origem.
O pedido de desculpas e a justificativa
Em entrevista recente ao jornal The Standard, Blyth afirmou estar “profundamente envergonhado” pela confusão. Segundo ele, o comentário foi resultado de cansaço extremo e “jet lag” após uma viagem longa. “Eu simplesmente não ouvi a pergunta com clareza e respondi sem pensar. Aprendi a importância de prestar atenção ao que me é perguntado”, declarou.
O ator britânico, nascido em Birmingham e criado no subúrbio de Nottingham, acrescentou que tem “total respeito pelos irlandeses” e que admira o trabalho de Murphy. Como gesto de reconciliação, afirmou considerar uma visita à cidade natal do colega. “Talvez eu passe um tempo por lá”, comentou, em tom bem-humorado.
Cillian Murphy: trajetória e orgulho irlandês
Nascido em 1976, Cillian Murphy mudou-se para Londres aos 25 anos, acompanhando a esposa, a artista Yvonne McGuinness, durante os estudos dela. O ator permaneceu 14 anos na capital britânica, mas retornou à Irlanda em 2015. A decisão foi motivada, segundo entrevistas anteriores, pela busca de uma rotina mais próxima da família e das raízes culturais.
No cinema, Murphy conquistou reconhecimento internacional em 2023 ao levar o Oscar de Melhor Ator por sua atuação em “Oppenheimer”. Na televisão, tornou-se ícone cultural ao viver Tommy Shelby em “Peaky Blinders”, série que impulsionou o turismo em Birmingham e colocou sotaques regionais no centro da cultura pop, de acordo com dados do Visit Birmingham. O próximo projeto do ator, “The Immortal Man”, será uma continuação da história de Shelby, ampliando o universo iniciado na produção da BBC.
Impacto da confusão e sensibilidade sobre identidades nacionais
Especialistas em comunicação cultural apontam que confundir nacionalidades em ambientes públicos pode provocar repercussões relevantes, sobretudo quando envolve figuras proeminentes de países com identidades fortes. No caso de Irlanda e Reino Unido, a questão é ainda mais delicada porque envolve séculos de história, disputas políticas e distinções culturais marcantes.
Para o setor de moda e entretenimento, episódios como esse podem gerar debates sobre representatividade e a importância de reconhecer origens. Marcas globais, como a Burberry, buscam fortalecer laços com personalidades que reflitam valores de diversidade e autenticidade. Um deslize público, mesmo não intencional, reforça a necessidade de preparo prévio de porta-vozes e celebridades.
Comparações com casos anteriores
Confusões de nacionalidade não são inéditas no meio artístico. Em 2017, a cantora britânica Adele foi erroneamente apresentada como “americana” em uma premiação na França, gerando correções imediatas. Outro exemplo ocorreu em 2021, quando um apresentador de TV nos EUA classificou o ator australiano Chris Hemsworth como “neozelandês”, resultando em pedido público de desculpas.
Analistas de imagem afirmam que a rapidez em reconhecer o erro, como fez Blyth, costuma minimizar impactos. Pedidos de desculpa transparentes, acompanhados de contextualização e respeito, tendem a ser bem recebidos pelo público, enquanto tentativas de justificar ou ignorar a falha geralmente ampliam repercussões negativas.

Imagem: ma McInthyre
Carreira de Tom Blyth em ascensão
Aos 30 anos, Tom Blyth ganhou projeção internacional com o papel de Coriolanus Snow, originando contratos para novas produções de Hollywood. Antes disso, destacou-se na série “Billy the Kid”, produção em que revelou ouvir punk rock para entrar no clima do personagem, segundo entrevistas concedidas em 2024. Sua capacidade de transitar entre gêneros — do faroeste à ficção distópica — vem chamando atenção de estúdios e diretores.
Agentes de elenco apontam que o próximo desafio do britânico será manter consistência nas escolhas após o sucesso inicial. A postura diante de equívocos públicos também conta: segundo consultores de carreira artística, a habilidade de gerenciar crises influencia negociações com marcas e estúdios, especialmente em contratos de longo prazo.
O que muda para o público e para o mercado
Para os fãs de cinema, o episódio indica que entrevistas e aparições públicas continuarão sob intenso escrutínio. Aos profissionais de marketing, serve como lembrete para preparar artistas em eventos ao vivo, reduzindo riscos de declarações equivocadas. Já o consumidor final pode esperar campanhas mais cautelosas, com ênfase em códigos culturais e correção de linguagem.
Além disso, a crescente valorização de identidades nacionais tende a influenciar roteiros, escalas de produção e escolhas de elenco, à medida que estúdios buscam diversidade real e não apenas simbólica.
Curiosidade
Embora Cillian Murphy seja mundialmente conhecido pelo sotaque de Birmingham em “Peaky Blinders”, o ator contou recentemente que seu álbum preferido é “Abbey Road”, dos Beatles. Quando criança, ele pegava fitas cassete na biblioteca para ouvir o disco e, anos depois, acabou morando perto da icônica Abbey Road, em Londres — prova de que, mesmo defendendo suas raízes irlandesas, sua trajetória se entrelaça com marcos da cultura britânica.
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