A Apple passou a fabricar os quatro modelos do futuro iPhone 17 em território indiano, movimento que marca uma inflexão histórica na cadeia de suprimentos da empresa. A informação foi publicada pela Bloomberg e indica o esforço da companhia para reduzir a dependência da China e, ao mesmo tempo, contornar tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos montados no país asiático.
Fábricas distribuídas e participação local
De acordo com a reportagem, a produção ocorre em cinco fábricas instaladas na Índia. Metade do volume está sob responsabilidade do Tata Group, que opera novas instalações no estado de Tamil Nadu, no sul do país. A outra parte fica a cargo da taiwanesa Foxconn, que mantém unidades próximas ao Aeroporto Internacional de Bangalore.
Trata-se da primeira vez que todos os modelos de uma nova geração de iPhone são montados fora da China antes do lançamento, previsto para setembro. Até então, a Índia concentrava apenas versões anteriores ou lotes destinados à exportação — estratégia chamada por analistas de “produção madura”.
Impacto nas exportações e nas tarifas
Segundo números da consultoria Omdia, as remessas de iPhones produzidos na Índia e enviados aos Estados Unidos cresceram 63 % no segundo trimestre de 2025, somando US$ 7,5 b bilhões em exportações. Esse aumento acompanha a decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas extras a dispositivos montados na China.
Em pronunciamento no início do ano, o CEO Tim Cook já havia sinalizado a mudança, afirmando que “quase toda” a montagem de iPhones destinados ao mercado dos EUA migraria para fábricas indianas. Entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período de 2025, houve incremento de 27 % no volume de unidades enviadas para consumidores norte-americanos a partir da Índia.
Análise do setor e perspectiva para a cadeia
Para Sanyam Chaurasia, analista principal da Omdia, o avanço representa “um momento decisivo” para a indústria global de smartphones. Ele observa que, embora a China continue central na inovação e nos modelos base da Apple, o “centro de gravidade” da produção passa a se distribuir por vários países.
Ainda assim, os dispositivos destinados a mercados fora dos Estados Unidos permanecem majoritariamente fabricados em território chinês. Na avaliação de Chaurasia, a Apple não abandona a capacidade instalada no país, mas sim busca “mitigar riscos” ao estabelecer linhas paralelas.

Imagem: the Cambridge coffee webcam back in the
Próximos lançamentos e cronograma
A família iPhone 17 deve ser apresentada em setembro, seguindo o calendário tradicional de lançamentos da empresa. Informações internas indicam que, a partir de 2026, a Apple pretende adotar um modelo de rollout em duas fases, distribuindo novidades em diferentes momentos do ano.
Mesmo com o novo arranjo, especialistas preveem que a China manterá papel relevante, principalmente nas etapas de pesquisa, desenvolvimento e produção de componentes de alta complexidade. A Índia, por sua vez, consolida-se como polo de montagem final e exportação, beneficiada por incentivos fiscais locais e pela escala de mão de obra.
O movimento da Apple reflete uma tendência mais ampla de diversificação de cadeias produtivas no setor de tecnologia, impulsionada por questões geopolíticas e pela necessidade de maior resiliência logística.
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Em síntese, a produção integral do iPhone 17 na Índia sublinha o esforço da Apple em equilibrar custos, reduzir riscos regulatórios e ganhar flexibilidade operacional. Continue acompanhando nossas publicações e receba alertas sobre novos passos da empresa e do mercado de smartphones.
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