Apple e Google discutem um possível acordo que pode alterar o rumo da assistente virtual Siri nos próximos anos. Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, as empresas avaliam integrar o modelo de inteligência artificial Gemini, do Google, ao ecossistema da Apple, permitindo que a Siri ofereça interações mais naturais e funcionalidades avançadas. Embora ainda não haja contrato assinado, as conversas indicam a urgência da Apple em responder ao avanço de concorrentes como Samsung, Microsoft e Amazon.
Negociações em estágio inicial
Fontes próximas às tratativas afirmam que as empresas se encontram em fase preliminar de análise técnica e comercial. A parceria, caso concluída, ampliaria a cooperação já existente entre as duas gigantes: o Google paga bilhões de dólares anuais para manter seu mecanismo de busca como padrão no Safari. Agora, a eventual expansão para a área de IA poderia tornar o Gemini o motor por trás de uma Siri repaginada em iPhones, iPads e demais dispositivos da Apple.
O histórico de colaboração favorece a iniciativa, mas questões sobre privacidade, divisão de receitas e integração de tecnologias proprietárias ainda precisam ser resolvidas. Ambas as companhias optaram por não comentar publicamente os rumores.
Pressão para avançar em IA generativa
Lançada em 2011, a Siri foi pioneira entre os assistentes por voz, porém ficou para trás na corrida da IA generativa. A Apple havia planejado introduzir uma versão mais potente da Siri em 2025, dentro do programa “Apple Intelligence”. Entretanto, executivos postergaram o lançamento para a primavera de 2026 após concluírem que o modelo inicial não atendia aos padrões de confiabilidade da empresa.
Enquanto isso, rivais ampliaram a oferta de assistentes conversacionais. Samsung integrou recursos baseados em IA nos smartphones Galaxy; a Microsoft impulsionou o Copilot em Windows e serviços corporativos; e a Amazon segue avançando com melhorias na Alexa. Nesse cenário, a Apple passou a depender de parcerias externas para suprir lacunas tecnológicas.
Atualmente, a Siri já redireciona solicitações mais complexas para o ChatGPT, da OpenAI. A atualização prevista para o fim deste ano deve incorporar o GPT-5, permitindo que usuários solicitem redações, análise de imagens e respostas detalhadas diretamente pela assistente. Ainda assim, relatórios internos indicam que a empresa busca alternativas adicionais, como o Claude, da Anthropic, além do próprio Gemini.
Impacto potencial para usuários
Caso o acordo com o Google avance, a Siri poderia se beneficiar da mesma base de IA presente em produtos como o chatbot Gemini e as recentes funcionalidades de busca generativa do Google. A expectativa é que a assistente se torne mais conversacional, compreenda melhor o contexto de comandos encadeados e realize tarefas complexas, como geração de textos ou resumos, sem recorrer a serviços externos.

Imagem: Internet
Para a Apple, a mudança representaria uma oportunidade de reduzir o atraso tecnológico e manter a fidelidade de sua base de usuários. Já o Google consolidaria sua posição no mercado móvel, expandindo a presença do Gemini além da linha Pixel e do sistema Android.
Especialistas apontam que a iniciativa também levanta questões regulatórias, pois reforça a concentração de serviços essenciais nas mãos de poucas big techs. Autoridades antitruste nos Estados Unidos e na Europa acompanham de perto movimentos que possam restringir a concorrência ou comprometer a privacidade de dados.
Para acompanhar outras novidades do setor, acesse a seção de Tecnologia do Remanso Notícias.
Em resumo, a Apple avalia unir forças ao Google para equipar a Siri com o Gemini e acelerar sua estratégia em IA. Se confirmado, o acordo pode redefinir a experiência dos usuários de produtos Apple e reposicionar a empresa na disputa por assistentes virtuais mais inteligentes. Continue acompanhando nosso portal para atualizações sobre o desfecho dessas negociações.
Curiosidade
O acordo de busca entre Apple e Google, firmado em 2002 e renovado periodicamente, é considerado um dos mais lucrativos do setor de tecnologia, rendendo ao Google estimativas superiores a US$ 18 bilhões por ano. Caso o Gemini se torne parte da Siri, essa colaboração histórica passará a abranger não apenas busca na web, mas também processamento avançado de linguagem natural e geração de conteúdo, ampliando o alcance de ambas as empresas no universo da inteligência artificial.