Annabelle, a boneca mais reconhecida do universo “The Conjuring”, volta a ocupar espaço de destaque no suspense “The Conjuring: Last Rites”, apontado como o capítulo final da série iniciada em 2013. O longa coloca o brinquedo amaldiçoado como instrumento de um novo demônio que busca a alma de Judy Warren, agora adulta, reforçando ligações com eventos passados e oferecendo um desfecho para a relação entre a personagem e o artefato.
Retorno de um ícone que ultrapassou os filmes originais
Lançada ao público na abertura de “The Conjuring”, a boneca chamou atenção instantânea e rendeu três derivados próprios, apesar de ter aparecido apenas em rápidos momentos nos títulos principais da franquia. Segundo dados de bilheteria, a presença de Annabelle ajudou a série a ultrapassar US$ 2 bilhões globalmente, transformando o objeto em peça indispensável para o marketing do estúdio.
Nos filmes canônicos, Annabelle permaneceu na sala de troféus dos demonologistas Ed e Lorraine Warren, funcionando mais como elemento de fundo. Em “Last Rites”, no entanto, o roteiro passa a explorá-la como ferramenta narrativa essencial, atendendo à popularidade do personagem sem se afastar da lógica interna da saga.
Judy Warren enfrenta trauma antigo
Interpretada por Mia Tomlinson, Judy surge como alvo principal de um demônio ligado a um espelho investigado pelos Warrens décadas antes. Para fragilizá-la, a entidade utiliza Annabelle, figura que marcou a infância e a adolescência da jovem. O recurso reforça a sensação de ciclo completo, pois Judy já fora aterrorizada pela boneca em “The Conjuring” e em “Annabelle Comes Home”.
No enredo atual, o demônio recorre às memórias traumáticas de Judy para levá-la à negação de seus dons mediúnicos. Essa estratégia ecoa ensinamentos passados: Lorraine ensinou a filha a recitar uma cantiga que “fechava” sua sensibilidade, método que acaba criando a brecha que a entidade precisava para possuir a protagonista.
Conexões com casos anteriores dos Warrens
Especialistas em cinema de horror observam que a nova produção retoma elementos deixados em aberto ao longo da série. O espelho assombrado, por exemplo, já aparecia em registros dos Warren, mas seu caso nunca fora concluído. A decisão de revisitar esse objeto potencializa o arco dramático da família, que precisa confrontar erros do passado — especialmente a escolha de “correr” do espelho para proteger Judy, atitude que apenas adiou o confronto.
Ao mesmo tempo, o filme mantém a ambiguidade típica da franquia. Não fica claro se a manifestação atual está ligada ao demônio Malthus, já apresentado na trilogia “Annabelle”, ou se representa uma força independente. Essa falta de resposta definitiva preserva o clima de incerteza que caracteriza a série desde o início.
Impacto para a franquia e para o público
Analistas de mercado apontam que a opção por centralizar Annabelle em “Last Rites” atende às expectativas de fãs que acompanham o universo expandido desde 2013, mas também funciona como porta de entrada para quem não viu os derivados. A familiaridade com a boneca dispensa longas explicações, facilitando a compreensão da ameaça principal.

Imagem: Internet
Para o espectador, o resultado se traduz em um clímax que conecta pontos soltos dos filmes anteriores, entrega momentos de tensão fundamentados em relacionamentos bem estabelecidos e encerra a trajetória de Judy em posição de protagonismo, algo pouco explorado nos títulos passados. Caso o estúdio mantenha a promessa de finalizar a saga, a narrativa oferece um sentimento de fechamento sem depender de continuações.
Se confirmada como última produção do universo central, a escolha deve influenciar futuras estratégias de spin-offs. Segundo executivos do setor, projetos autônomos podem ganhar força, mas deverão buscar novos artefatos ou entidades para sustentar interesse de longas séries, já que a história de Annabelle e dos Warrens atinge, enfim, um ponto de resolução.
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Curiosidade
Na vida real, a verdadeira Annabelle é uma boneca de pano Raggedy Ann, bastante diferente da versão de porcelana mostrada nos filmes. O objeto permanece trancado em um gabinete de vidro no museu particular dos Warren, localizado em Connecticut, e recebe bênçãos regulares de um padre para evitar supostas manifestações. O contraste entre a aparência inocente da peça original e o design sombrio dos longas reforça o poder do cinema em transformar objetos cotidianos em ícones do terror.
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