Último episódio de “And Just Like That” encerra legado de Carrie Bradshaw

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Quem acompanhou “Sex and the City” desde 1998 despede-se agora de Carrie Bradshaw. O episódio final de “And Just Like That…”, exibido recentemente pela HBO Max, marca o encerramento de um dos nomes mais reconhecíveis da cultura pop das últimas três décadas. Sarah Jessica Parker viveu a personagem em seis temporadas, dois longas-metragens e três temporadas do revival, totalizando 25 anos de presença contínua na TV e no cinema.

Da estreia em 1998 ao fenômeno cultural

Carrie surgiu em 6 de junho de 1998, quando o primeiro capítulo de “Sex and the City” foi ao ar nos Estados Unidos. Desde então, a colunista de jornal que usava Manolo Blahnik tornou-se referência para gerações que procuravam entretenimento sobre relacionamentos, consumo de moda e a vida de mulheres solteiras em Nova Iorque. Mesmo depois do término da série original em 2004, reprises e plataformas de streaming mantiveram o interesse alto, e um público mais jovem redescobriu a produção via TikTok e HBO Max.

A força do nome “Carrie Bradshaw” é comprovada por menções na música pop recente. Olivia Rodrigo subiu ao palco do Madison Square Garden com um top cravejado com a frase “Carrie Bradshaw AF”, e a rapper Doechii citou a personagem na faixa “Nissan Altima”. Esses exemplos reforçam como a imagem criada por Darren Star e Michael Patrick King extrapolou o roteiro inicial.

Críticas, mudanças e tentativa de atualização

O sucesso, porém, sempre veio acompanhado de questionamentos. A série original foi criticada pela falta de diversidade racial e de representatividade LGBTQIA+. A maioria dos personagens principais era branca, cisgênero e de classe média alta. Diálogos que hoje soam datados somam-se a episódios com estereótipos, como o capítulo da terceira temporada em que Samantha namora um executivo negro.

Para responder às críticas, “And Just Like That…” buscou ampliar seu elenco. Personagens como Seema Patel (Sarita Choudhury), Lisa Todd Wexley (Nicole Ari Parker), Che Diaz (Sara Ramirez) e a professora Nya Wallace (Karen Pittman) passaram a dividir cenas com Carrie, Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis). Bastidores também foram ajustados: roteiristas como Samantha Irby e Keli Goff, ambas negras, integraram o time a convite de Michael Patrick King.

A mudança de tom incluiu tramas que abordam identidade de gênero — caso de Rock, filho de Charlotte — e questões de sexualidade, como a relação de Miranda com Che. Ainda assim, parte do público considerou o resultado irregular, citando diferenças no ritmo e nostalgia pela ausência de Samantha Jones (Kim Cattrall), vista apenas em participações pontuais.

Impacto no mercado de moda e entretenimento

Além do roteiro, “Sex and the City” influenciou comportamentos de consumo. Lojas de sapatos registraram aumento de vendas de modelos assinados por Manolo Blahnik após a série. O turismo em Nova Iorque ganhou roteiros específicos que incluem a fachada do prédio de Carrie no West Village, paradas na Magnolia Bakery e drinques Cosmopolitan em bares que inspiraram cenários da trama.

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Mesmo com críticas, o apelo comercial permanece. A conta de Instagram @carriebradshaws_outfits, com foco no guarda-roupa da protagonista, atraiu mais de 300 mil seguidores. Marcas usam a associação para campanhas, provando que a personagem ainda gera receita.

Encerramento e legado

No último episódio do revival, Carrie aparece refletindo sobre décadas de busca por “amor real”, frase que ecoa a declaração clássica da série original sobre um sentimento “ridículo, inconveniente e arrebatador”. O adeus, no entanto, não significa o fim definitivo de um produto lucrativo para a Warner Bros. Discovery. Os 94 capítulos da série original, os filmes e os 23 episódios de “And Just Like That…” seguem disponíveis no streaming e devem continuar atraindo assinantes.

A recepção final confirma que Carrie Bradshaw permanece como ponto de referência: defensores enaltecem a liberdade de a personagem cometer erros sem grandes consequências; detratores lembram o excesso de individualismo e a falta de compromisso com amigos e parceiros. Esse contraste ajuda a explicar a longevidade do tema nas redes sociais e a expectativa por eventuais novos conteúdos.

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Resumo: o episódio final de “And Just Like That…” encerra oficialmente a trajetória televisiva de Carrie Bradshaw. Ainda que marcado por controvérsias e ajustes de elenco, o legado da personagem permanece forte na moda, no turismo e no debate sobre representatividade na mídia. Continue navegando em nossos conteúdos e fique informado sobre os próximos lançamentos do universo do entretenimento.

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