Lua entra na fase Minguante em 17 de agosto; saiba o que será visível no céu

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A Lua inicia a noite deste domingo, 17 de agosto de 2025, na fase Minguante Crescente. Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (NASA), o disco lunar encontra-se 35 % iluminado e o ciclo já avança pelo 24.º dia dos habituais 29,5 dias.

Fase atual da Lua

A fase Minguante Crescente, conhecida em inglês como Waning Crescent, sucede ao Último Quarto e antecede a Lua Nova. Nessa etapa, a parcela visível diminui a cada noite, porque o satélite se afasta do alinhamento que refletia mais luz solar para a Terra. O resultado é uma lâmina de brilho que, no Hemisfério Norte, aparece à esquerda.

Embora a iluminação seja reduzida, ainda é possível identificar algumas formações a olho nu. Entre as mais proeminentes estão o Planalto Aristarchus e a Cratera Copernicus. Com binóculos simples, surgem detalhes adicionais, como a Bacia Grimaldi e a Cratera Gassendi. Telescópios de pequeno porte revelam estruturas mais sutis, incluindo Reiner Gamma e a alongada Cratera Schiller.

Próximas datas do ciclo lunar

A próxima Lua Cheia está prevista para 7 de setembro de 2025. A fase anterior, também plena, ocorreu em 9 de agosto. Até lá, o satélite atravessará a Lua Nova no fim de agosto e voltará a crescer em direção ao Primeiro Quarto na virada do mês.

O movimento é determinado pela órbita elíptica em torno da Terra. À medida que a posição relativa do Sol, da Lua e do nosso planeta muda, a superfície iluminada visível do satélite varia, produzindo as oito fases principais:

  • Lua Nova – o lado visível fica escuro, pois a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol;
  • Crescente – surge um filete luminoso à direita (Hemisfério Norte);
  • Primeiro Quarto – metade direita iluminada;
  • Gibosa Crescente – mais de 50 % iluminada, sem chegar a completa;
  • Lua Cheia – face totalmente iluminada;
  • Gibosa Minguante – iluminação superior a 50 % em declínio;
  • Último Quarto – metade esquerda iluminada;
  • Minguante Crescente – restam apenas alguns graus de claridade antes de nova mudança.

Como observar

Em áreas urbanas, a poluição luminosa pode dificultar a visualização de detalhes finos. Ainda assim, estruturas maiores permanecem perceptíveis. A orientação principal é procurar um local com horizonte desobstruído e pouca iluminação direta. Quem dispõe de binóculos 7×50 ou 10×50 consegue amplificar a experiência sem investir em equipamentos avançados. Telescópios de 60 mm de abertura ou mais, por sua vez, permitem observar crateras com diâmetro inferior a 20 km.

Para registrar fotografias, é recomendável usar tempo de exposição curto — entre 1/60 s e 1/250 s — e sensibilidade ISO moderada, minimizando a perda de definição causada pela luz solar intensa refletida.

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Imagem: Internet

Por que o ciclo dura 29,5 dias

A duração média de 29 dias e meio resulta da diferença entre a órbita sideral da Lua (27,3 dias) e a movimentação conjunta da Terra em torno do Sol. Enquanto ambos avançam, o satélite precisa de tempo adicional para que a mesma fase se repita em relação à perspectiva terrestre. Esse intervalo é chamado de mês sinódico.

A observação das fases é útil não apenas para fins recreativos. Agricultores, pescadores e marinhas ao redor do mundo utilizam o ciclo lunar para planejar semeaduras, marés e operações noturnas. Cientificamente, o acompanhamento sistemático ajuda a calibrar modelos de iluminação noturna, estimar reflexividade (albedo) e avaliar variações orbitais de longo prazo.

Para acompanhar outras curiosidades sobre o céu noturno e diferentes fenómenos astronômicos, visite nossa seção de Entretenimento.

Em resumo, a Lua reduz gradualmente sua luminosidade até o início de setembro. Mesmo na fase Minguante Crescente, crateras e planaltos permanecem visíveis, oferecendo oportunidades de observação para amadores e entusiastas. Programe sua próxima sessão, compartilhe descobertas com amigos e continue de olho nas etapas seguintes do ciclo.

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