Sigilo, Sondas e Cometas: o que a NASA (talvez) já sabe sobre vida extraterrestre
Vida extraterrestre: duas palavras que inflamam a imaginação humana há gerações. Nas últimas semanas, porém, o termo deixou o campo da especulação e ganhou manchetes concretas depois que o Canal do Schwarza divulgou, em vídeo detalhado, três histórias intrigantes: (1) um orbe luminoso que paralisou gado na Argentina e foi classificado como “segurança nacional”; (2) novos reanálises dos experimentos biológicos das sondas Viking em Marte; e (3) a aceleração não gravitacional do cometa interestelar 3I/ATLAS, potencialmente relacionada à liberação de gases biológicos. Este artigo mergulha fundo nesses episódios, conecta‐os a estudos revisados por pares e traça um panorama realista – sem sensacionalismo, mas com a curiosidade de quem busca evidências – sobre o que pode estar por trás dos sinais de vida extraterrestre mais convincentes da atualidade.
1. O enigma de Candioti: quando um orbe silencioso vira caso de Estado
Contexto do fenômeno argentino
Em 14 de agosto de 2025, moradores de Candioti, pequena comunidade rural na província de Santa Fé, viram um orbe branco, com reflexos violetas, pairar a cerca de 15 metros sobre um pasto. O objeto ficou imóvel por cinco minutos, não emitiu ruído e – segundo relatos colhidos pelo La Capital – provocou comportamento errático no gado: alguns animais ficaram parados, outros correram em círculos e um bezerro entrou em colapso. A Guarda Rural foi acionada, mas nada pôde fazer além de registrar o fato.
Sigilo e repercussão
No dia seguinte, funcionários da Secretaria de Segurança Nacional argentina lacraram o local e classificaram a investigação como “assunto sensível”. Esta etiqueta de sigilo disparou especulações envolvendo, novamente, a busca por vida extraterrestre. Afinal, se fosse apenas um drone, por que transformar o evento em questão de Estado? Os ufólogos citam precedentes históricos: Roswell (1947) nos EUA e Varginha (1996) no Brasil. Cientistas, por sua vez, apontam explicações prosaicas – desde balões meteorológicos a descargas piezoelétricas – mas reconhecem que o registro fotográfico deixa dúvidas.
2. As sondas Viking e o teste que nunca foi totalmente negado
O Experimento de Liberação de Gás (LR)
Em 1976, as sondas Viking 1 e 2 pousaram em Marte levando três experimentos biológicos. O LR, desenvolvido por Gilbert Levin, adicionava nutrientes radiomarcados ao solo marciano; se houvesse microrganismos, eles metabolizariam os nutrientes e liberariam gás. O resultado foi positivo quatro vezes, com liberação de gás na primeira hora – comportamento idêntico ao de colônias bacterianas na Terra.
Controvérsias e novas análises
O problema: outros dois testes (PI e GCMS) não encontraram matéria orgânica, e a NASA concluiu que o LR fora um falso positivo causado por reações químicas. Décadas depois, porém, estudos publicados na revista Science (2024) e no ResearchGate (2025) sugerem que a sonda detectou clorometano, molécula orgânica erroneamente classificada como contaminante terrestre. Essa reinterpretação reacendeu o debate sobre vida extraterrestre.
“Se o clorometano fosse reconhecido como originado de Marte em 1976, teríamos 50 anos de avanços na astrobiologia. Perdemos meio século.”
— Dir. Patricia Ann Straat, coautora do experimento LR
3. Cometa 3I/ATLAS: um mensageiro interestelar com comportamento anômalo
Por que “3I”?
A designação 3I/ATLAS significa “terceiro objeto Interestelar” identificado (os anteriores foram ‘Oumuamua e 2I/Borisov). Descoberto pelo sistema ATLAS do Havaí, o cometa exibe uma órbita hiperbólica, vindo das profundezas da Via Láctea. Observatórios como o VLT (Chile) e o Hubble (EUA) monitoram sua trajetória.
Aceleração não gravitacional
Relatório disponibilizado no arXiv (nov/2025) mostra que 3I/ATLAS possui aceleração extra de 0,2 mm/s², incompatível com mera sublimação de gelo d’água. Pesquisadores propõem duas hipóteses: (1) jatos de H2 originados de fraturas internas; (2) desgasificação de compostos exóticos, no limite até sinais de vida extraterrestre microbiana que metabolizaria moléculas internas e liberaria gás.
Embora a segunda hipótese pareça ousada, ela ecoa estudos sobre microrganismos criogênicos terrestres que sobrevivem em lagos subglaciais, liberando metano. Se vida extraterrestre prosperar em um núcleo rico em compostos orgânicos, a ejeção de gás poderia explicar a aceleração.
4. Tabela de evidências: comparando os três casos
| Critério | Orbe de Candioti | Viking em Marte | 3I/ATLAS |
|---|---|---|---|
| Data do evento principal | 14 ago 2025 | jul-nov 1976 | abr-dez 2025 |
| Métrica anômala | Imobilidade + efeito no gado | Liberação de gás radiativo | Aceleração não gravitacional |
| Classificação oficial | Segurança nacional | Falso positivo (à época) | “Cometa ativo” |
| Evidência de vida extraterrestre? | Indefinida | Reanálise sugere sim | Hipótese especulativa |
| Próxima etapa científica | Perícia militar sigilosa | Missões Mars Sample Return | Spectroscopia infravermelha |
| Envolvimento da NASA | Nenhum divulgado | Total, desde 1976 | Monitoramento em 2025 |
| Relevância midiática | Média | Alta (retroativa) | Alta |
5. Como a ciência investiga vida extraterrestre sem cair em sensacionalismo
Métodos principais
- Detecção de bioassinaturas atmosféricas (metano, oxigênio em desbalanço).
- Análise isotópica de rochas e gelo para determinar frações de carbono‐12/13.
- Medição de gases in situ por landers e rovers, como o SAM do rover Curiosity.
- Experimentos metabólicos (ex.: o LR na Viking).
- Estudos de magnetita bacteriana em meteoritos (caso ALH84001).
- Biossensores em sondas futuras, usando chips de DNA sintético.
- Comparação de dados multi‐espectrais, filtrando ruído instrumental.
Desafios recorrentes
- Contaminação terrestre durante coleta e transporte.
- Limitações de massa e energia em missões robóticas.
- Ambiguidade química: substâncias abióticas podem imitar sinais biológicos.
- Pressão midiática por resultados rápidos, gerando julgamentos precipitados.
- Necessidade de protocolos de proteção planetária rígidos.
6. Perguntas frequentes (FAQ) sobre vida extraterrestre e os três casos
1) O orbe de Candioti pode ter origem militar?
Possivelmente. Drones VTOL de teste ou balões iluminados se encaixam em parte da descrição. Porém, a ausência de ruído e o efeito no gado continuam sem explicação.
2) Por que a NASA descartou o resultado positivo da Viking?
Na década de 1970, não havia consenso sobre a presença de oxidantes em Marte. Sem detecção de matéria orgânica pelos outros testes, a agência preferiu a interpretação mais conservadora para evitar falsos alarmes sobre vida extraterrestre.
3) O 3I/ATLAS pode ser uma nave alienígena?
Até o momento, não há evidências de estrutura artificial. A aceleração é compatível com ejeção de gases, fenômeno comum em cometas. Vida extraterrestre microbiana é hipótese remota, mas mais plausível do que engenharia alienígena.
4) Como será confirmada a origem do clorometano marciano?
Por meio da missão Mars Sample Return, que trará amostras seladas para laboratórios terrestres, permitindo análise isotópica de extrema precisão.
5) Por que casos de UFOs recebem sigilo governamental?
Questões de defesa aérea, testes de tecnologia sensível e, às vezes, falta de dados sólidos para divulgação pública imediata. Nem sempre há algo “extra” envolvido.
6) Qual próximo passo na busca por vida extraterrestre fora do Sistema Solar?
Telescópios como o JWST já observam atmosferas de exoplanetas do tipo “sub‐Netuno”. As missões LUVOIR e HabEx, em estudo, poderão imagear planetas do tamanho da Terra e procurar bioassinaturas diretamente.
7) Existe risco biológico ao trazer amostras de Marte?
Os protocolos da NASA exigem isolamento de nível BSL‐4. A chance de patógenos marcianos afetarem humanos é mínima, mas a quarentena é obrigação ética.
8) A Argentina colaborará com a NASA no caso Candioti?
Até agora, não há anúncio oficial. Se material físico foi recuperado, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e parceiros regionais poderiam servir de ponte científica.
Conclusão: o que aprendemos e para onde vamos
Em síntese, três incidentes distintos convergem para a mesma pergunta central: estamos prestes a confirmar vida extraterrestre? As respostas ainda são provisórias, mas avançamos mais do que nunca.
- O orbe de Candioti desafia explicações triviais e aguarda investigação aberta.
- A revalidação do experimento LR insere Marte novamente na linha de frente astrobiológica.
- O cometa 3I/ATLAS amplia nosso campo de busca para além do Sistema Solar.
Seja qual for o desfecho, a ciência exige cautela, repetição de resultados e transparência – exatamente o que o Canal do Schwarza mostra ao trazer fontes, artigos e debates em tempo real. Continue acompanhando, compartilhe este artigo e incentive discussões baseadas em evidências. Afinal, a próxima grande descoberta sobre vida extraterrestre pode acontecer a qualquer momento – e nós estaremos aqui para traduzir cada detalhe para você.
Artigo inspirado no vídeo do Canal do Schwarza. Acesse o conteúdo original e apoie o trabalho do criador.
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