INMET emite alerta de tempo severo com ventos acima de 100 km/h no Sul, Sudeste e Centro-Oeste

Ciência

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou nesta sexta-feira (14) um alerta de grande perigo para a passagem de uma frente fria de rápido deslocamento entre domingo (16) e segunda-feira (17). O sistema deverá atingir inicialmente o Rio Grande do Sul e, na sequência, avançar sobre Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro, provocando chuva intensa, granizo e rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h.

Frente fria e ciclone extratropical ampliam o risco de tempestades

Segundo dados oficiais do INMET, a instabilidade está associada à formação de um ciclone extratropical próximo à foz do Rio da Prata nas primeiras horas de domingo. A combinação do ar frio com a umidade presente na região criará condições favoráveis a células convectivas fortes, capazes de gerar precipitação volumosa e grande quantidade de descargas elétricas.

A cronologia prevista indica que, ainda na madrugada de domingo, a Campanha Gaúcha será a primeira área a registrar tempo severo. Pela manhã, o risco se estende a todo o Rio Grande do Sul e ao oeste de Santa Catarina. Na tarde do mesmo dia, o alerta engloba integralmente o território gaúcho e catarinense, além do centro-oeste do Paraná e do sul de Mato Grosso do Sul.

À noite, o centro-norte gaúcho, todo o estado de Santa Catarina, o oeste e centro-sul do Paraná e a faixa centro-sul do Mato Grosso do Sul continuam sob potencial de tempestades. Já na madrugada de segunda-feira, a faixa com maior probabilidade de fenômenos severos inclui o norte catarinense, todo o Paraná, Mato Grosso do Sul e o sudoeste paulista.

Ao longo da segunda-feira, o sistema ganha força sobre São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, impactando o agronegócio, o transporte rodoviário e a rede elétrica dessas regiões. Especialistas do INMET alertam que linhas de instabilidade podem se formar centenas de quilômetros à frente da frente fria principal, antecipando chuvas fortes e granizo.

Perigos adicionais: tornados, downbursts e queda brusca de temperatura

Além de ventos intensos, o INMET não descarta a ocorrência de tornados e downbursts em áreas do sul e oeste do Rio Grande do Sul, oeste do Paraná, Santa Catarina e sul de Mato Grosso do Sul. Esses fenômenos, embora localizados, podem provocar danos estruturais significativos, como verificado em Rio Bonito do Iguaçu (PR) no último fim de semana, onde 90 % das edificações foram afetadas por um tornado.

Após a passagem da frente fria, está prevista forte incursão de ar polar, com queda acentuada nas temperaturas. Relatórios do órgão indicam possibilidade de geada na terça-feira (18) em localidades do Rio Grande do Sul, além de declínio térmico em pontos de Roraima e Acre, reflexo da mesma massa de ar frio.

Orientações de defesa civil recomendam que a população evite áreas abertas durante tempestades, desligue aparelhos eletrônicos da tomada em caso de descargas elétricas e mantenha atenção aos alertas via SMS 40199 ou aplicativo INMET Alertas. Em zonas rurais, produtores devem reforçar estruturas de estufas e depósitos, enquanto empresas de energia preparam equipes extras para eventuais quedas de fornecimento.

Impacto esperado para transporte, agricultura e cotidiano

Rajadas acima de 100 km/h podem derrubar árvores, placas de sinalização e provocar interrupções em rodovias estratégicas, como a BR-116 e a BR-101. No setor agrícola, há preocupação com lavouras de milho e trigo em fase de desenvolvimento no Sul, que podem sofrer perdas por acamamento ou granizo. Em áreas urbanas, alagamentos momentâneos e falta de energia tendem a afetar serviços essenciais, exigindo planejamento de contingência de prefeituras e concessionárias.

Para o cidadão, o principal impacto será a necessidade de reprogramar deslocamentos, reforçar telhados e reservar itens de primeira necessidade, caso ocorram quedas prolongadas de luz. Especialistas em clima ressaltam que eventos de grande intensidade, embora frequentes nesta época de transição sazonal, vêm ocorrendo de forma mais abrupta nos últimos anos, aumentando a demanda por sistemas de alerta precoce.

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Curiosidade

A diferença entre tornado e downburst, ambos citados no alerta, está no movimento do ar. No tornado, correntes ascendentes giram rapidamente e formam a conhecida nuvem em funil; já no downburst, a corrente é descendente, despencando em alta velocidade e se espalhando ao tocar o solo. Embora distintos, os dois podem gerar ventos comparáveis aos de um furacão de categoria 2.

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