Animações japonesas voltadas ao suspense e ao sobrenatural continuam a ganhar espaço nas plataformas de vídeo sob demanda. Selecionamos oito produções de terror disponíveis legalmente no Brasil, com informações sobre enredo, duração e onde assistir. A lista reúne títulos lançados entre 2005 e 2024 e contempla desde séries longas até minisséries compactas, todas focadas em atmosferas sombrias.
Clássicos que permanecem assustadores
Red Garden (2006) — Ambientada em Nova Iorque, a série acompanha Claire, Kate, Rose e Rachel, quatro jovens que ressuscitam após serem assassinadas. Condenadas a combater criaturas demoníacas responsáveis por tragédias locais, elas precisam equilibrar a vida escolar com batalhas noturnas. A temporada única conta com 23 episódios, quase todos de 23 minutos, exceto o final de 44 minutos. Disponível na Crunchyroll.
Jigoku Shoujo (2005) — A produção introduz o “Site da Correspondência do Inferno”, acessível apenas à meia-noite por quem busca vingança. Após inserir o nome do alvo, a misteriosa Ai Enma surge para cumprir o pacto e levar a vítima ao inferno. Em troca, o solicitante terá a própria alma cobrada após a morte. O serviço de streaming oferece uma temporada com 12 episódios de 23 minutos. Disponível na Crunchyroll.
Another (2012) — Na classe 3-3 da Escola Fundamental Norte de Yomiyama, mortes inexplicáveis se repetem há décadas. O aluno Kouichi Sakakibara tenta desvendar a ligação desses óbitos com a enigmática Mei Misaki. A série carrega clima constante de horror psicológico, distribuído em 12 episódios de 24 minutos. Disponível na Crunchyroll.
Antologias e releituras contemporâneas
Yamishibai: Japanese Ghost Stories (2013) — Inspirado em apresentações de teatro em papel, cada capítulo traz lendas urbanas narradas por um homem mascarado que surge sempre ao entardecer. Ao todo, são 15 temporadas, cada uma com 13 episódios de aproximadamente quatro minutos. O formato curto facilita maratonas rápidas. Disponível na Crunchyroll.
Grimm Variations (2024) — A série antológica revisita contos dos Irmãos Grimm sob uma ótica sombria que expõe desejos humanos distorcidos. São seis episódios de cerca de 41 minutos, independentes entre si, que exploram temas como cobiça e identidade. Disponível na Netflix.
Uzumaki (2024) — Adaptado da obra de Junji Ito, acompanha Kirie Goshima, colegial que tenta escapar de uma maldição relacionada a espirais. O terror corporal, marca registrada do autor, se desenvolve em quatro episódios de 30 minutos. Disponível na HBO Max.
Terror aliado à ação
Ajin: Demi-Human (2016) — O estudante Kei Nagai descobre ser um Ajin, humano imortal cobiçado por autoridades para experimentos. Fugindo da captura, ele se vê entre a sobrevivência individual e a insurgência de outros Ajin. A animação soma duas temporadas, totalizando 26 episódios de 23 minutos. Disponível na Netflix.
Imagem: Divulgação
Kabaneri of the Iron Fortress: The Battle of Unato (2019) — Em uma realidade steampunk, um vírus transforma pessoas em Kabane, criaturas que só morrem se tiverem o coração protegido por ferro perfurado. A resistência se organiza em estações-fortaleza e trens blindados. O arco em formato de série traz três episódios, os dois primeiros com 26 minutos e o último com 31 minutos. Disponível na Crunchyroll e na Netflix.
Impacto para o espectador
De acordo com dados das plataformas de streaming, produções de terror animado costumam registrar picos de audiência em períodos sazonais, como o mês de outubro. Para o público, essas séries oferecem narrativas robustas, diversidade estilística e doses de suspense que podem ser consumidas em sessões curtas ou maratonas prolongadas. O acesso legal em serviços populares também contribui para a expansão do gênero no mercado brasileiro, fomentando a chegada de novos títulos e dublagens.
Curiosidade
Segundo especialistas em cultura pop japonesa, o termo “horror anime” ganhou força internacional nos anos 2000, mas as raízes do gênero remontam às décadas de 1960 e 1970, com mangás de terror criados por artistas como Kazuo Umezu. Muitas das técnicas visuais usadas hoje, especialmente o jogo de sombras e ângulos fechados, têm origem nessas obras pioneiras.
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