Festival do Rio 2025 destaca novos filmes de Kleber Mendonça Filho e Luca Guadagnino

Entretenimento

Até 12 de outubro, o Festival do Rio realiza a sua 27ª edição com sessões distribuídas por diversos cinemas da capital fluminense. O evento, considerado um dos mais relevantes da América Latina, reúne estreias mundiais, produções brasileiras aguardadas e obras premiadas em outros circuitos internacionais.

Produções brasileiras em foco

O Agente Secreto, novo trabalho do diretor Kleber Mendonça Filho, lidera a lista de atrações nacionais. No longa, o professor universitário Marcelo, vivido por Wagner Moura, tenta escapar de agentes governamentais durante um período autoritário e acaba perseguido por um antigo inimigo em Recife. O filme representa o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2026, reforçando a tradição recente de títulos brasileiros indicados à premiação.

Outro destaque local é Herança de Narcisa, dirigido por Clarissa Appelt e Daniel Dias. A trama acompanha Ana, interpretada por Paolla Oliveira, que decide vender o casarão da família após a morte da mãe. Durante a limpeza do imóvel, surgem pistas sobre um passado escondido, conduzindo o suspense para além do clichê da “casa mal-assombrada”. A expectativa de críticos é que o filme amplie a presença do gênero no mercado nacional, ainda dominado por dramas e comédias.

Na seara da ficção fantástica aparece Love Kills, adaptação da graphic novel de Danilo Beyruth. O enredo coloca uma jovem vampira em um café deteriorado no centro de São Paulo, onde ela conhece um garçom que se envolve com o submundo do crack e da imortalidade. A escolha de uma ambientação urbana brasileira para o mito dos vampiros pode sinalizar um caminho para produções de gênero que buscam identidade própria sem abandonar referências globais.

Com proposta mais intimista, Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria apresenta a atriz Rose Byrne como uma mãe sobrecarregada pela doença da filha, a ausência do marido e problemas habitacionais. Rodado quase integralmente em ambientes fechados, o thriller cômico investe na sensação de isolamento para transmitir o colapso emocional da personagem.

Filmes internacionais premiados

O festival abre espaço para obras estrangeiras que já chegam premiadas. Depois da Caçada, novo suspense de Luca Guadagnino, trata de uma acusação de agressão sexual em um campus universitário. A professora Alma, papel de Julia Roberts, é pressionada a tomar posição entre a vítima, vivida por Ayo Edebiri, e o acusado, interpretado por Andrew Garfield. Segundo especialistas em cinema, o longa dialoga com debates contemporâneos sobre poder e justiça sem oferecer respostas fáceis, característica frequente na filmografia de Guadagnino.

Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Veneza, A Voz de Hind Rajab reconstrói um resgate real ocorrido em Gaza em janeiro de 2024, quando voluntários da Cruz Vermelha tentaram salvar uma menina de seis anos presa no carro da família após um ataque. O filme utiliza gravações originais das ligações telefônicas para aumentar o realismo e, de acordo com dados oficiais do festival, tem despertado forte reação emocional nas sessões.

Números, logística e impacto no setor

Segundo a organização do Festival do Rio, mais de 200 longas e curtas compõem a programação de 2025, com origem em cerca de 50 países. As exibições acontecem em salas clássicas, como o Estação NET Rio, e em cinemas de bairro, expandindo o alcance para diferentes públicos.

Para o mercado audiovisual brasileiro, a mostra funciona como vitrine de vendas internacionais, copro­duções e acordos de distribuição. Relatórios indicam que, nas três últimas edições, ao menos 30% dos títulos nacionais negociaram algum tipo de parceria após passarem pelo evento. A continuidade desse movimento em 2025 poderá influenciar a oferta de conteúdo nas plataformas de streaming e nos circuitos comerciais ao longo do próximo ano.

O que muda para o público

Além de oferecer acesso antecipado a estreias, o festival mantém sessões comentadas e debates abertos com diretores e elenco, atividades que favorecem a formação de novos espectadores. Para quem acompanha o cinema brasileiro, a presença de obras de gênero — suspense, thriller psicológico e fantasia — amplia a diversidade de estilos disponíveis nas salas, tendência que pode se refletir em programações regulares se houver boa recepção de bilheteria.

Pelos próximos dias, cinéfilos que estiverem no Rio de Janeiro terão a oportunidade de assistir a filmes que, em muitos casos, só chegarão ao circuito comercial meses depois. Para quem não consegue comparecer presencialmente, parte da seleção deve integrar mostras itinerantes e plataformas digitais, segundo os organizadores.

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Curiosidade

O Festival do Rio nasceu em 1999 da fusão de duas mostras cariocas e, desde então, já exibiu mais de 5 mil filmes. Em 2025, um dado chama atenção: é a edição com o maior número de diretoras mulheres na história do evento, representando cerca de 40% da programação. A organização atribui o índice à expansão de políticas de incentivo que priorizam diversidade de gênero na produção audiovisual.

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