O cantor britânico Yungblud respondeu publicamente às críticas feitas pelos irmãos Dan e Justin Hawkins, da banda The Darkness, por sua apresentação em homenagem a Ozzy Osbourne no MTV Video Music Awards (VMA). Em entrevista ao podcast “The Magnificent Others”, conduzido por Billy Corgan, o artista de 28 anos apresentou dois argumentos principais: a performance foi ao vivo e representa uma leitura geracional diferente do rock.
Críticas ao tributo e reação imediata
Na cerimônia do VMA, Yungblud dividiu o palco com Nuno Bettencourt (Extreme) e, posteriormente, com Steven Tyler e Joe Perry (Aerosmith). O trio executou clássicos como “Crazy Train”, “Changes” e “Mama I’m Coming Home”. Logo após a transmissão, Dan Hawkins publicou nas redes sociais que a apresentação seria “mais um prego no caixão do rock’n’roll”, classificando-a como “cínica” e “nauseante”. Justin Hawkins, vocalista do The Darkness, reforçou a desaprovação, dizendo que Yungblud estaria se projetando como “herdeiro natural” do legado de Ozzy sem ter relação direta com a história do heavy metal.
Em resposta, Yungblud afirmou ao podcast que “provavelmente fomos um dos únicos artistas cantando ao vivo lá” e que o rock “tem tudo a ver com verdade, paixão e humanidade”. Segundo ele, o contraste entre performances gravadas em playback e a execução ao vivo serviria como evidência de autenticidade. O músico acrescentou que conversou com o próprio Ozzy Osbourne sobre o tema e recebeu apoio para continuar “fazendo rock de uma maneira nova”.
Choque de gerações e debate sobre autenticidade
Outra linha de defesa de Yungblud envolve a diferença etária entre ele e os irmãos Hawkins — o The Darkness emergiu no início dos anos 2000, enquanto o cantor ganhou projeção nos últimos cinco anos. O artista explica que o nome “Yungblud” carrega, por si, certo estigma, levando parte do público a considerá-lo algo “infantil”. Porém, ele avalia que o tributo no VMA teria criado “pela primeira vez” um ponto de convergência entre fãs de rock mais velhos e a nova audiência.
Para Justin Hawkins, no entanto, a postura cênica de Yungblud lembra uma “mistura de Jim Morrison com Scott Weiland” e carece de originalidade. O vocalista do The Darkness comparou o cantor a uma “versão Disney” do mito do rock, sugerindo que o tributo soou superficial. Dan Hawkins, por sua vez, alegou que músicos estariam “se aproveitando da situação” para alavancar carreiras.
Consultados por veículos especializados, analistas da indústria musical apontam que colaborações intergeracionais vêm ganhando espaço em premiações para ampliar a audiência e revitalizar catálogos de artistas consagrados. Relatórios indicam que transmissões como o VMA registram picos de engajamento quando clássicos do rock entram no setlist, muitas vezes impulsionando o streaming desses repertórios nas horas seguintes.
Impacto no mercado e possíveis desdobramentos
Segundo especialistas em direitos autorais, tributos televisionados beneficiam não apenas os intérpretes originais, mas também compositores e editoras, graças ao aumento no número de execuções digitais. A polêmica em torno da autenticidade pode, ainda, gerar visibilidade extra para as faixas homenageadas. Nas 24 horas após o VMA, plataformas de análise de dados musicais verificaram crescimento significativo nos acessos a “Crazy Train”.
Do ponto de vista de carreira, a troca de farpas pode impactar a percepção do público sobre Yungblud e The Darkness. Para o jovem cantor, demonstrar capacidade vocal ao vivo pode fortalecer sua imagem junto a quem valoriza apresentações sem playback. Já os irmãos Hawkins reforçam uma postura tradicionalista, alinhada a fãs que defendem a pureza do rock clássico.

Imagem: Ryan Bakerink
Em médio prazo, produtores de eventos devem acompanhar a repercussão para calibrar próximos line-ups. Caso a resposta do público favoreça performances colaborativas, outras premiações poderão repetir o modelo de unir artistas veteranos e novatos, buscando equilibrar nostalgia e renovação.
Para o leitor, a discussão evidencia como conceitos de autenticidade e herança musical permanecem em disputa. O embate sugere que, mesmo em pleno 2025, cantar ao vivo ainda é um diferencial relevante em grandes premiações, e pode influenciar escolhas de consumo em plataformas de streaming.
Curiosidade
O guitarrista Nuno Bettencourt, que acompanhou Yungblud no VMA, já havia participado de outro tributo a Ozzy Osbourne em 2018, durante a cerimônia de indução do Prince of Darkness ao Hall da Fama dos Prêmios Revolver. À época, Bettencourt também tocou “Crazy Train”, demonstrando que a faixa se mantém como hino obrigatório sempre que o legado de Ozzy é celebrado.
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