A série de esquetes The Kids in the Hall, exibida entre 1988 e 1995, marcou a comédia canadense com humor surreal e personagens irreverentes. Três décadas depois, os cinco integrantes do grupo — Dave Foley, Bruce McCulloch, Kevin McDonald, Mark McKinney e Scott Thompson — continuam ativos em diferentes frentes do entretenimento, ampliando a influência da produção original.
Trajetórias individuais após o fim da série
Dave Foley deixou de assinar o roteiro do filme “Brain Candy” (1996) para assumir o papel de protagonista na sitcom “NewsRadio”, que chegou a 97 episódios. Desde então, acumulou participações em títulos consagrados da TV, como “Will & Grace” e “Fargo”, além de dublagens em animações da Pixar, entre elas “Vida de Inseto” e “Universidade Monstros”. Segundo registros da indústria, Foley permanece em demanda constante em séries de streaming e produções independentes.
Bruce McCulloch alternou funções de roteirista, diretor e ator. Logo após o término do programa, lançou o álbum de humor “Shame-Based Man” e dirigiu comédias como “Superstar” (1999) e “Stealing Harvard” (2002). Nos últimos anos, comandou episódios de “Brooklyn Nine-Nine”, “Schitt’s Creek” e todas as temporadas da série canadense “TallBoyz”, reforçando sua atuação nos bastidores.
Kevin McDonald consolidou carreira como voz em animações. O dublador de Pleakley em “Lilo & Stitch” também teve papéis em “Invader Zim”, “Johnny Bravo” e “Phineas & Ferb”. No live-action, apareceu em filmes como “Heróis Fora de Órbita” e em séries populares, caso de “Friends” e “That ’70s Show”. De acordo com dados de agências de elenco, McDonald valoriza projetos que combinem humor e personagens excêntricos.
Mark McKinney integrou o elenco de “Saturday Night Live” entre 1995 e 1997 e co-criou a elogiada série “Slings & Arrows”, focada nos bastidores de uma companhia teatral. Como ator, acumulou 113 episódios na comédia “Superstore” e participou de longas derivados do SNL, como “Uma Noite no Roxbury”. Especialistas apontam McKinney como um dos mentores de novas troupes canadenses, promovendo intercâmbio de roteiristas e atores.
Scott Thompson, pioneiro na representação LGBTQIA+ na TV com o personagem Buddy Cole, seguiu carreira em produções independentes e séries como “The Larry Sanders Show” e “Hannibal”. Após superar um linfoma em 2009, voltou aos palcos em turnês de stand-up e mantém presença constante em podcasts e talk shows, onde comenta temas de diversidade e cultura pop.
Reuniões, streaming e alcance internacional
O grupo retomou a agenda conjunta em apresentações ao vivo em 2000 e 2008. Em 2022, a Amazon Prime Video lançou uma temporada inédita de The Kids in the Hall. A premissa de que o filme “Brain Candy” finalmente deu lucro serviu de ponto de partida para a nova fase, mesclando personagens clássicos e esquetes originais. Relatórios de audiência indicam que o revival ampliou a base de fãs nos Estados Unidos, na América Latina e em parte da Europa.
Segundo analistas de mercado, a volta da série reflete a estratégia das plataformas de streaming de investir em títulos nostálgicos para atrair diferentes faixas etárias. A recepção positiva reforçou negociações para novos episódios e alimentou o catálogo dos estúdios com conteúdos de humor alternativo, segmento que cresce em nichos de assinantes exigentes.

Imagem: Internet
Legado para a comédia e efeitos no mercado
A trajetória do quinteto demonstra como programas de esquetes podem servir de incubadoras de talentos multifuncionais. Todos os integrantes transitaram por roteiros, direção, atuação e dublagem, fenômeno que, de acordo com pesquisadores de mídia, influencia o modelo de formação de atores no Canadá e nos Estados Unidos. Cursos voltados a multiskilling em artes cênicas utilizam a série como estudo de caso.
Para o público, a constante presença do elenco em diferentes plataformas amplia o acesso a um tipo de humor considerado precursor do conteúdo “absurdo” popularizado na internet. Já para produtores, o sucesso do revival mostra que propriedades intelectuais de médio porte podem gerar retorno prolongado quando adaptadas a novos formatos, do streaming ao podcast.
Na prática, o consumidor de entretenimento ganha mais opções de produções curtas, com ritmo ágil e roteiros não convencionais. A tendência é que outras troupes dos anos 1990 recebam propostas similares, diversificando o catálogo de comédia e fomentando coproduções entre Estados Unidos e Canadá.
Curiosidade
Antes de batizar o grupo, os integrantes usavam a expressão “kids in the hall” para se referir a jovens humoristas que assistiam às gravações do lendário programa “Your Show of Shows” nos corredores da emissora. O resgate dessa gíria reforçou a ideia de irreverência juvenil que acompanha o quinteto até hoje.
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