“The Conjuring: Last Rites” encerra saga dos Warren e aponta novos rumos para a franquia

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“The Conjuring: Last Rites” chega aos cinemas com a promessa de colocar um ponto-final na trajetória de Ed e Lorraine Warren, casal de investigadores paranormais que se tornou o rosto de uma das franquias de terror mais rentáveis da última década. Commercializada com slogans que destacam a ideia de despedida definitiva, a produção entrega um desfecho claro para os personagens principais, embora deixe portas abertas para eventuais derivações dentro do mesmo universo criado por James Wan.

Filme assume tom de conclusão para o casal de investigadores

Dirigido por Michael Chaves, o longa-metragem é lançado quatro anos após “The Conjuring: The Devil Made Me Do It” (2021) e se baseia, de forma livre, no caso real do assombramento da família Smurl, na Pensilvânia. Ao longo de pouco mais de duas horas, a narrativa destaca o desgaste físico e emocional de Ed Warren, interpretado por Patrick Wilson, que ainda lida com as sequelas de um ataque cardíaco provocado durante o caso anterior. Ao mesmo tempo, Vera Farmiga vive uma Lorraine Warren decidida a transferir conhecimento para uma nova geração de pesquisadores e, gradualmente, afastar-se da ação direta em campo.

Segundo especialistas em mercado cinematográfico, anúncios de “capítulos finais” costumam funcionar como estratégia de marketing, mas acabam revistos quando números de bilheteria se mantêm robustos. No entanto, “Last Rites” apresenta elementos de roteiro que reforçam o caráter conclusivo: flashbacks, reconciliação com erros do passado e uma cena derradeira que simboliza a aposentadoria dos protagonistas.

Confronto com demônio espelha erro cometido décadas antes

O filme abre com um prólogo ambientado nos anos 1960, mostrando Ed e Lorraine mais jovens—papéis assumidos por Orion Smith e Madison Lawlor—em fuga ao deparar-se com um espelho possuído. A atitude resulta na morte de uma vítima, falha moral que passa a assombrar o casal por toda a carreira. Décadas depois, já consagrados por quase mil casos, os Warrens são convocados para auxiliar os Smurl, família que alega sofrer ataques demoníacos em sua residência.

Relatórios indicam que o caso Smurl, um dos mais divulgados nos arquivos reais dos investigadores, envolveu fenômenos como aparições, odores inexplicáveis e agressões físicas. No filme, tais eventos servem como gatilho para o confronto final entre o casal e a entidade associada ao espelho inicialmente abandonado. O roteiro amarra a subtrama do passado ao apresentar o artefato como peça-chave da possessão atual.

Enquanto auxilia os Smurl, o casal enfrenta ameaça direta à filha Judy, interpretada por Mia Tomlinson. A tensão familiar aumenta o peso emocional do enredo e motiva a decisão definitiva dos protagonistas de encerrar as atividades após resolver o caso. Especialistas consultados por veículos norte-americanos apontam que essa escolha alinha interesses narrativos e comerciais: encerra o arco central, mas não compromete spin-offs independentes, como “Annabelle” ou “A Freira”.

Marketing reforça “último capítulo” em contraste com tendência de franquias

A campanha promocional utilizou frases como “Prepare-se para o fim” e “O caso que terminou tudo”. Na prática, Hollywood raramente fecha portas para propriedades intelectuais lucrativas, lembram analistas. A própria Marvel continuou produzindo filmes após “Avengers: Endgame” (2019), e “Toy Story” ganhou continuação depois da suposta despedida em 2010. Nesse contexto, “Last Rites” surpreende ao evitar cenas pós-créditos que sugiram retorno imediato dos Warrens, limitando-se a uma conclusão romântica: o casal dançando no casamento da filha e vislumbrando um futuro pacífico.

Mesmo assim, o estúdio preserva espaço para novas produções ambientadas no mesmo universo. De acordo com dados oficiais de bilheteria preliminar, a estreia registrou forte desempenho em mercados-chave, impulsionando discussões sobre histórias paralelas. Roteiristas consultados por publicações especializadas mencionam arquivos reais ainda não explorados, o que poderia sustentar filmes derivados sem anular a aposentadoria dos protagonistas originais.

Impacto para fãs e para o mercado de terror

Para o público, o encerramento da saga principal representa a rara oportunidade de acompanhar personagens que enfrentam consequências permanentes em um gênero conhecido por finais em aberto. Para o setor de entretenimento, o caso serve de estudo sobre como equilibrar encerramento narrativo e sustentabilidade financeira. Se a estratégia funcionar, estúdios podem adotar modelos semelhantes, apresentando “capítulos finais” genuínos para renovar interesse e, ao mesmo tempo, direcionar a franquia a novos caminhos.

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Imagem: Internet

Vale observar que “The Conjuring” ajudou a revitalizar o terror sobrenatural de grande orçamento desde 2013, atraindo públicos que antes poderiam evitar o gênero. Um adeus convincente aos protagonistas, segundo críticos, reforça a reputação da série como exceção a regras comerciais mais flexíveis. Já para espectadores casuais, a produção oferece um arco fechado, dispensando conhecimento profundo de filmes anteriores.

Para quem acompanha o mercado brasileiro, a estreia ocorre em semana sem concorrentes diretos no terror, o que tende a concentrar audiência. A decisão de encerrar o núcleo principal também pode estimular revisões e maratonas, agregando receita de streaming e vendas digitais nos próximos meses.

Em síntese, “The Conjuring: Last Rites” entrega o que promete: um adeus formal a Ed e Lorraine Warren. Ainda que o universo continue a gerar novas histórias, a jornada do casal se conclui com tom de alívio e reparação de erros passados, algo raro no cinema de horror contemporâneo.

Curiosidade

O caso Smurl ganhou notoriedade nos anos 1980, quando jornais locais relataram manifestações paranormais documentadas por vizinhos e sacerdotes. Estudos posteriores indicam que a cobertura intensa contribuiu para popularizar o trabalho de demonologistas fora do meio acadêmico, abrindo caminho a programas de TV especializados em assombrações—formato que, anos depois, inspiraria a própria equipe de produção de “The Conjuring”.

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