Lead: Antes de comandar o Universo Cinematográfico da Marvel, Kevin Feige foi produtor executivo de “Man-Thing”, longa de 2005 tão mal recebido que acabou relegado à TV. Quase duas décadas depois, o personagem retorna em “Werewolf by Night”, evidenciando como o estúdio transformou tropeços iniciais em parte da estratégia atual.
Fracasso em 2005 mudou planos de lançamento
“Man-Thing” estava programado para chegar aos cinemas em outubro de 2004, com direito a videoclipe promocional e quadrinho prelúdio. Contudo, segundo relatos da época, exibições-teste provocaram abandono de plateias, levando a Marvel, então sob a liderança de Avi Arad, a cancelar a estreia comercial. O filme foi lançado diretamente no canal Sci-Fi (atual Syfy) em 2005, sem campanha robusta de marketing.
A crítica foi quase unânime: o terror que adaptava a criatura pantanosa criada em 1971 recebeu apenas 14% de aprovação no Rotten Tomatoes. Entre os principais pontos negativos estavam ritmo lento, personagens pouco desenvolvidos e diálogos considerados frágeis. Apesar de Brett Leonard, conhecido por “O Passageiro do Futuro”, entregar uma direção tecnicamente correta, o resultado foi rotulado como “bomba” por veículos especializados.
Kevin Feige ainda buscava espaço em Hollywood
Naquele período, Feige atuava como braço-direito de Arad, acumulando créditos em títulos como “Demolidor” (2003), “Hulk” (2003) e “Homem-Aranha 2” (2004). O insucesso de “Man-Thing” representou um revés na trajetória do produtor, que tentava afirmar a viabilidade de personagens menos populares nos cinemas. Segundo analistas da indústria, a decisão de abortar a estreia salvou a Marvel de prejuízo maior, ao evitar gastos adicionais com publicidade e distribuição.
O episódio também ecoou internamente: executivos passaram a avaliar com mais cautela roteiros de heróis de segundo escalão. Esse critério, afirmam especialistas, influenciou o cronograma até 2008, quando “Homem de Ferro” — então considerado um risco — conseguiu romper a desconfiança geral.
Reabilitação do personagem em “Werewolf by Night”
Em 2022, já como presidente da Marvel Studios, Feige autorizou a inclusão do Man-Thing no especial “Werewolf by Night”, dirigido por Michael Giacchino para o Disney+. A produção em preto e branco apresenta a criatura como aliada do protagonista, numa abordagem mais fiel às HQs originais. Para observadores do mercado, o retorno simboliza a capacidade do estúdio de reaproveitar propriedades intelectuais antes ignoradas.
Comparado ao filme de 2005, o retrato recente do monstro pantanoso aposta em efeitos digitais avançados, narrativa concisa e tom inspirado nos clássicos de terror dos anos 1930. Relatórios indicam que o especial recebeu avaliações positivas e ampliou o interesse do público por figuras menos conhecidas do catálogo Marvel.
Lições de gestão e de percepção de marca
Ao resgatar o personagem, a Marvel demonstra que falhas passadas podem ser convertidas em ativos quando se dispõe de planejamento e tecnologia adequados. De acordo com consultorias de entretenimento, a iniciativa reforça três pontos:

Imagem: Internet
- Avaliação de risco: Cancelar lançamentos com potencial de insucesso evita desgaste financeiro e de reputação.
- Gestão de portfólio: Propriedades pouco exploradas podem ganhar nova vida em formatos alternativos, como especiais de streaming.
- Capital de marca: O público tende a aceitar reinterpretações quando confia na curadoria do estúdio.
Para o consumidor, a estratégia amplia a variedade de conteúdos e pode reduzir dependência de franquias recorrentes, enquanto para a Marvel representa diversificação de receitas no Disney+ e testagem de conceitos para futuros filmes ou séries.
Impacto para fãs e mercado
Na prática, o retorno do Man-Thing sugere que personagens considerados “menores” podem ganhar protagonismo conforme o ecossistema da Marvel se expande. Para colecionadores, isso significa novos produtos licenciados; para roteiristas, a chance de explorar narrativas diferentes; e para plataformas de streaming, mais conteúdo exclusivo.
Segundo especialistas em mídia, o movimento também eleva a concorrência: outros estúdios podem revisar catálogos à procura de propriedades subutilizadas que, com tratamento adequado, atraiam públicos nichados.
Curiosidade
A proximidade entre Man-Thing e o famoso Swamp Thing da DC já gerou debates sobre suposto plágio. Na verdade, um dos criadores de cada personagem vivia na mesma república em 1970, quando ambos tiveram a ideia de heróis “pântano”. O resultado foram duas criaturas semelhantes que, hoje, oferecem às editoras oportunidades paralelas de explorar o gênero de horror ecológico.
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Este artigo mostrou como um fracasso de 2005 se transformou em lição valiosa para a Marvel Studios. Se você quer acompanhar outras histórias do mundo do entretenimento e entender seus bastidores, confira a cobertura completa em nossa seção de Entretenimento e mantenha-se informado sobre as próximas estreias.
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