Quase meio século depois de chegar aos cinemas, a franquia Halloween continua a despertar interesse entre fãs de terror. Ao longo de 45 anos, foram lançados 13 longas protagonizados ou inspirados pelo mascarado Michael Myers. A lista abaixo reordena todas as produções, do desempenho mais fraco ao mais consistente, com base em fatores como receção de público, solidez do enredo e impacto cultural.
Da experiência menos convincente às tentativas de reinvenção
Segundo especialistas em cinema de gênero, “Halloween II” (2009) surge na última posição. A sequência dirigida por Rob Zombie recebeu críticas pela narrativa confusa e pelas visões oníricas envolvendo um cavalo branco, recurso que pouco contribuiu para a compreensão do trauma de Laurie Strode.
Logo acima aparece “Halloween: Resurrection” (2002). Relatórios indicam que o filme quase comprometeu o futuro da saga ao transformar a casa de Myers num set de reality show transmitido pela internet. O público não perdoou a mistura de gore com artes marciais repentinas, protagonizadas pelo rapper Busta Rhymes.
O reboot de 2007, também comandado por Zombie, figura na 11.ª posição. Ao explicar detalhadamente a infância de Michael, a obra quebrou o mistério em torno do assassino e ainda expandiu a contagem de mortes de forma gratuita, conforme apontam críticas da época.
Em seguida vem “Halloween: The Curse of Michael Myers” (1995). Mesmo com a estreia de Paul Rudd no cinema e a despedida de Donald Pleasence, a introdução da seita Cult of Thorn complicou a mitologia, resultando em duas montagens diferentes e igualmente mal recebidas.
O top 9 pertence a “Halloween Kills” (2021), que opta por mostrar a raiva coletiva de Haddonfield. Analistas observam que a produção aumentou a violência, mas se perdeu ao tentar discutir trauma comunitário sem oferecer respostas sólidas.
Sequências clássicas, reboots e o ressurgimento moderno
Em oitavo lugar está “Halloween 5: The Revenge of Michael Myers” (1989). Filmado às pressas após o êxito de “Halloween 4”, o título apresenta uma máscara de baixo custo e um final abrupto, refletindo a produção apressada.
O sétimo posto vai para “Halloween 4: The Return of Michael Myers” (1988). O longa recolocou o assassino no centro da ação após a controversa terceira parte, oferecendo um slasher tradicional que satisfez fãs, mas sem grande inovação.
Já “Halloween Ends” (2022) ocupa a 6.ª colocação. A conclusão da trilogia de David Gordon Green surpreendeu ao introduzir Corey Cunningham, personagem que divide a maldade de Myers. Embora surpreendente, a abordagem dividiu opiniões de puristas.
No quinto lugar surge “Halloween H20: 20 Years Later” (1998). Jamie Lee Curtis regressa como Laurie Strode e garante um tom de confronto final, mas o estilo próximo ao sucesso “Pânico” denunciou a influência dos anos 1990.

Imagem: Internet
“Halloween III: Season of the Witch” (1982) fica em quarto. Apesar de afastar Michael Myers, a tentativa de transformar a série numa antologia de horror resultou num thriller de ficção científica com máscaras mortais e trilha atmosférica de John Carpenter, hoje apreciado como cult.
No pódio, “Halloween II” (1981) figura em terceiro. A sequência direta do filme original mantém estética, trilha e tensão, ambientando praticamente toda a trama num hospital. A revelação da ligação familiar entre Michael e Laurie ajudou a moldar futuras narrativas de slashers.
O segundo lugar pertence ao reboot “Halloween” (2018). Ignorando todas as continuações anteriores, o diretor David Gordon Green devolveu o tom de stalking e suspense, com fotografia elogiada e Jamie Lee Curtis interpretando uma Laurie preparada para o confronto.
O clássico que definiu o gênero
No topo da lista está “Halloween” (1978). Dirigido por John Carpenter e coescrito por Debra Hill, o longa estabeleceu a estrutura de perseguição em bairro suburbano, trilha minimalista e um vilão praticamente sem motivação, características que influenciaram toda a onda slasher dos anos 1980. Mais de quatro décadas depois, críticos ainda apontam o equilíbrio entre tensão e economia narrativa como modelo para produções de terror.
Impacto para o público e para a indústria
Para o espectador contemporâneo, o ranking serve como guia de maratona, indicando onde concentrar tempo e expectativa. No mercado, a retomada de 2018 comprovou que franquias clássicas podem ser revitalizadas sem descartar a essência, desde que contem com direções coesas e respeito à mitologia original. Produtoras avaliam modelos semelhantes para outras propriedades de horror, buscando atrair fãs veteranos e novas audiências.
Curiosidade
Você sabia que a icônica máscara de Michael Myers nada mais é que um molde do rosto de William Shatner, pintado de branco? O baixo orçamento do filme de 1978 levou a equipe a comprar um item de fantasia por menos de US$ 2, alterar a cor e alargar os orifícios dos olhos, criando um dos visuais mais reconhecíveis do cinema de terror.
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