OpenAI lança GPT-5 com raciocínio avançado, três versões e custo reduzido

Tecnologia

Na quinta-feira, 7 de agosto, a OpenAI apresentou o GPT-5, nova geração de grandes modelos de linguagem (LLMs) que passa a alimentar o ChatGPT para cerca de 700 milhões de usuários em todo o mundo, incluindo contas gratuitas. Segundo o diretor-executivo Sam Altman, o modelo é “o mais inteligente já criado pela empresa”, com avanços em raciocínio, transparência e preço de acesso via API.

Principais melhorias de desempenho e confiabilidade

De acordo com dados oficiais da companhia, o GPT-5 superou o GPT-4 em múltiplos testes internos e externos. No benchmark LMArena, obteve a pontuação mais alta ao lidar com texto, prompts complexos, codificação, matemática, criatividade e consultas extensas. Esse resultado decorre de alterações estruturais e de um processo de red teaming que totalizou 5 mil horas, destinado a reduzir alucinações e respostas imprecisas.

Entre as novidades, destaca-se a forma de lidar com limitações. Quando não puder executar uma solicitação, o sistema agora explica o motivo da recusa e sugere caminhos alternativos. Especialistas apontam que a transparência atende a exigências regulatórias crescentes sobre responsabilidade algorítmica.

O desempenho especializado também evoluiu. A OpenAI afirma que, em áreas como matemática, ciência, finanças e direito, o modelo responde “como um doutor em cada disciplina”. Em saúde, relatórios internos indicam maior precisão ao interpretar sintomas ou estudos clínicos, ainda que a empresa reforce que o sistema não substitui diagnóstico profissional.

Tecnologia dividida em três modelos e janela de 400k tokens

Para atender diferentes perfis de uso, a série chega em três configurações:

GPT-5 – voltado a tarefas complexas, raciocínio profundo e múltiplos passos de agente;
GPT-5 mini – equilibrado em custo, velocidade e capacidade, otimizado para chat e prompts detalhados;
GPT-5 nano – versão mais rápida e econômica, indicada a classificações, sumarizações e instruções diretas.

Os três modelos compartilham janela de contexto de 400 mil tokens e geram respostas de até 128 mil tokens, permitindo análise de documentos extensos e manutenção de diálogos longos. A data de corte de conhecimento varia: 30 de setembro de 2024 para o GPT-5 completo e 30 de maio de 2024 para as versões mini e nano.

O custo do serviço teve redução relevante. A cada milhão de tokens, o preço de entrada é de US$ 1,25 (GPT-5), US$ 0,25 (mini) e US$ 0,05 (nano). Na saída, os valores sobem para US$ 10, US$ 2 e US$ 0,40, respectivamente. Comparado ao GPT-4o, o modelo emblemático de 2023, a tabela representa economia na casa de dois dígitos percentuais, movimento visto pelo mercado como resposta à concorrência.

Para desenvolvedores, a API inclui funções inéditas: controle de verbosidade, opção de raciocínio mínimo, ferramentas personalizadas e lista de ferramentas permitidas. A OpenAI recomenda o endpoint “Responses”, que conserva a cadeia de pensamento entre interações e reduz latência.

Aplicações práticas e cenário competitivo

Em demonstrações públicas, o GPT-5 criou um aplicativo web interativo para ensino de francês a partir de um único prompt, gerou interface de usuário e scripts de backend sem intervenção humana e depurou código complexo. A empresa destaca ainda a execução de tarefas agênticas: o modelo decompõe objetivos, reflete após cada chamada de ferramenta e monitora progresso usando listas de tarefas, abordagem que promete acelerar automação corporativa.

No ambiente de consumo, recursos de personalização permitem escolher personalidade e cor do chat; a interação por voz recebeu ajustes para compreender instruções mais longas. Segundo analistas do setor, a oferta a usuários gratuitos amplia a base de dados de feedback, elemento que pode acelerar futuros treinamentos.

O lançamento acontece em meio à disputa com Google Gemini, Claude Code (Anthropic) e Grok-4 (xAI). Todos apostam em codificação autônoma e agentes multitarefa, mas o corte de preços da OpenAI pressiona rivais a rever modelos de negócios. Sam Altman descreve o GPT-5 como “mais um passo” para a Inteligência Artificial Geral (AGI), embora reconheça que o sistema ainda não aprende de forma autônoma durante o uso.

Impacto direto para o usuário e para o mercado

A chegada do GPT-5 pode alterar o cotidiano de desenvolvedores, empresas e consumidores. Para equipes de software, a capacidade de gerar aplicações completas reduz tempo e custo de prototipagem. No setor de saúde, respostas mais confiáveis podem apoiar triagem e educação de pacientes, desde que supervisionadas por profissionais. Já organizações que dependem de processamento de linguagem natural ganham alternativas mais baratas para análises de grande escala, graças à versão nano.

Curiosidade

Embora o GPT-5 seja conhecido internamente pelo codinome “summit”, a OpenAI mantém tradição de batizar modelos públicos apenas pela sigla GPT. Curiosamente, o nome informal reflete a ambição de alcançar o “pico” do desempenho em inteligência artificial, metáfora que dialoga com as notas máximas obtidas no LMArena e em outros testes de referência.

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