O mercado de televisores vive uma corrida por telas cada vez maiores. Modelos entre 98 e 136 polegadas já foram confirmados para 2025, impulsionados por preços em queda, novas tecnologias de exibição e a procura por experiências mais imersivas em 4K e HDR. No entanto, o aumento de dimensão traz questões logísticas e financeiras que ainda limitam a adoção em massa.
Crescimento acelerado das polegadas
Fabricantes como TCL, Samsung e Hisense apresentaram recentemente TVs de 98, 115 e até 136 polegadas. O exemplo mais vistoso é o TCL 115QM891G, de 115″, que pesa 104 kg e custa cerca de US$ 20 mil. Em 2014, um modelo de 105″ chegava a US$ 200 mil; hoje, uma TV de 98″ já pode ser encontrada por menos de US$ 2 mil. A tendência confirma o que analistas apontam desde 2020: o tamanho da tela é o principal motivo de compra de um novo aparelho.
Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, dois terços dos consumidores almejam gastar menos de US$ 1 mil em um novo televisor, e 75″ é o limite mais desejado para a maioria dos lares. Apenas 12 % consideram adquirir telas a partir de 100″. O desafio, portanto, é equilibrar a oferta de modelos gigantes com o orçamento e o espaço disponível.
Limitações de espaço e transporte
Colocar uma TV de mais de 100″ dentro de um apartamento ou casa térrea pode exigir planejamento semelhante ao de eletrodomésticos grandes. Entradas estreitas, elevadores pequenos e escadas complicam a entrega. Na prática de laboratórios de teste, quatro pessoas foram necessárias para mover o TCL de 115″, que mal cabia em um elevador de carga.
Outro obstáculo é o peso do painel: além de exigir suporte reforçado, aumenta o risco de danos durante o transporte. Para consumidores, a recomendação é medir portas e corredores com antecedência e, se possível, contratar serviço profissional de instalação.
Tecnologias que viabilizam telas maiores
O avanço dos painéis LCD com retroiluminação Mini-LED barateou a produção de diagonais acima de 80″. No segmento premium, o MicroLED surge como alternativa modular: blocos individuais formam uma superfície única, adaptável a paredes inteiras. Empresas como Samsung, Ventana e Awall demonstraram protótipos que cobrem do chão ao teto, mas os preços ainda começam na faixa de seis dígitos em dólar.
Enquanto isso, o OLED mantém foco em tamanhos menores devido ao custo por polegada. LCD segue dominante graças à escala de produção e ao valor competitivo. Para grande parte dos consumidores, a escolha continua entre 55″ e 65″, tamanhos em que a relação custo-benefício é mais favorável.
Conteúdo e resolução: 4K segue padrão
Quase todo o catálogo de streaming está disponível em 4K, o que torna essa resolução suficiente mesmo para telas gigantes. Já o 8K encontra barreiras na falta de conteúdo e na demanda de largura de banda quatro vezes maior. Fabricantes lançam produtos 8K desde 2018, porém o formato permanece restrito a nichos.

Imagem: Internet
Organizações de engenharia recomendam que uma TV ocupe entre 30 % e 40 % do campo de visão do espectador para garantir imersão confortável. Na prática, multiplicar a distância do sofá até a tela por 0,625 indica o tamanho ideal. Ajustar o móvel ou usar suportes articulados pode aumentar a sensação de tela grande sem trocar de aparelho.
Preço em queda e futuro do consumo
O histórico recente mostra que painéis enormes tendem a baratear rapidamente. O TCL de 115″ custa hoje um décimo do valor de produtos semelhantes há dez anos. Analistas projetam que, à medida que MicroLED amadurecer, telas modulares devem se popularizar, oferecendo formatos sob medida para cada ambiente.
Enquanto isso, televisores entre 65″ e 75″ devem manter a liderança em vendas globais. Para quem busca upgrade, especialistas sugerem considerar um tamanho acima do planejado, desde que haja espaço físico. Outra opção é aproximar sofá e TV, solução sem custo que aumenta o ângulo de visão.
Para mais novidades sobre evolução de telas e dispositivos domésticos, o leitor encontra cobertura completa na seção de Tecnologia do nosso site.
Em síntese, o mercado avança para diagonais gigantes impulsionado por preços menores e novas tecnologias, mas desafios de espaço, logística e orçamento ainda restringem o público. A recomendação é avaliar medidas do ambiente, distância de visualização e orçamento antes de investir.
Curiosidade
Os engenheiros de testes relatam que o TCL de 115″ precisou ser aplaudido pelo pessoal do laboratório enquanto era transportado, tamanho o espetáculo da manobra. O aparelho preencheu quase todo o elevador de carga e exigiu meia hora apenas para ser montado sobre o suporte. O episódio ilustra, na prática, como o limite não é apenas tecnológico, mas também físico.
Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no RN Tecnologia, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!

