Sete anos após o último episódio de Desperate Housewives, a televisão continua a explorar o mesmo equilíbrio entre humor, drama e mistério que consagrou a produção da ABC. Para quem busca enredos repletos de segredos, reviravoltas e protagonistas femininas fortes, há uma lista ampla de títulos que seguem a mesma fórmula com abordagens variadas.
A herança direta de Marc Cherry e companhia
Entre as séries que mais se aproximam do espírito original, duas criações de Marc Cherry se destacam. Devious Maids apresenta cinco empregadas domésticas que testemunham os podres da elite de Beverly Hills, repetindo a receita de ironia e altas doses de intriga suburbana. Já Why Women Kill adota o formato de antologia para retratar, em décadas diferentes, mulheres dispostas a tudo depois de traições conjugais. Segundo especialistas em entretenimento, ambas mantêm o DNA de Cherry ao alternar tom cômico e suspense com ritmo acelerado.
Na mesma linha de humor ácido, Jane the Virgin homenageia e parodia telenovelas latino-americanas. A trama gira em torno de uma jovem que engravida por inseminação artificial acidental, ampliando o absurdo de forma consciente. Ainda no campo das comédias dramáticas, Ugly Betty adapta a novela colombiana “Yo soy Betty, la fea” para o universo da moda de Nova York, reforçando a ideia de que aparência e reputação raramente correspondem à realidade.
Mistério, crime e reviravoltas inesperadas
Para quem prefere tramas mais densas, Big Little Lies mergulha em segredos de mães da alta sociedade de Monterey, na Califórnia, culminando em um homicídio investigado durante toda a primeira temporada. O método de narrativa fragmentada — começar pelo crime e voltar no tempo — aproxima o espectador do quebra-cabeça, recurso já usado em Desperate Housewives.
Outro título centrado em mistério é Pretty Little Liars. Voltada ao público adolescente, a produção mostra quatro amigas chantageadas por mensagens anônimas. De acordo com dados oficiais de audiência da Freeform, a série ficou entre as maiores audiências da emissora durante seus sete anos, comprovando a força de histórias de chantagem e segredos bem guardados.
Dead to Me, da Netflix, adota estrutura enxuta, focando na relação de duas mulheres ligadas por um crime de trânsito. Cada temporada expande as consequências do segredo, mantendo alta tensão emocional. Já Bad Sisters, produção irlandesa da Apple TV+, acompanha cinco irmãs suspeitas de assassinar o cunhado abusivo. Relatórios de críticos apontam semelhanças no uso de humor negro para aliviar temas pesados.
Quando a comédia flerta com o perigo
Algumas séries combinam dilemas familiares com atividades ilegais. É o caso de Good Girls, em que três mães de Michigan realizam um assalto a supermercado e são puxadas para o submundo do crime. Weeds segue lógica parecida: após ficar viúva, Nancy Botwin passa a vender maconha no bairro de classe média alta onde vive. Ambas discutem o limite ético de protagonistas aparentemente comuns quando confrontadas por dificuldades financeiras.
How to Get Away with Murder, liderada por Viola Davis, mistura aula de direito e investigações de assassinato, oferecendo ritmo de thriller jurídico. Já Revenge transforma a comunidade dos Hamptons em palco de planilhas meticulosas de vingança, mostrando até onde alguém vai para reparar injustiças do passado.

Imagem: Internet
No campo da sátira musical, Crazy Ex-Girlfriend usa números cantados para expor a saúde mental da protagonista, mas sem abrir mão de reviravoltas dignas de novela. Por fim, a icônica Sex and the City permanece referência quando se fala em amizade feminina e discussões sobre relacionamentos, servindo de inspiração temática para diversas produções posteriores.
Segundo analistas de mercado, a maioria dessas séries aposta em temporadas enxutas, narrativa seriada e ganchos fortes para atender à nova lógica do streaming, marcada por maratonas e necessidade de engajamento rápido. Para o público, o resultado é uma oferta variada de títulos que atualizam a combinação de humor ácido, comentários sociais e tensão criminal que marcou os anos 2000.
Quem acompanhou Desperate Housewives encontrará nestas 15 produções elementos familiares — vizinhos indiscretos, relações complexas e mortes suspeitas — mas também abordagens renovadas. A tendência é que plataformas continuem investindo em tramas com protagonistas femininas multifacetadas, já que relatórios indicam forte adesão desse público a conteúdos que refletem dilemas reais recobertos de entretenimento.
Curiosidade
Além das semelhanças narrativas, várias dessas séries compartilham elencos interligados: Eva Longoria, de Desperate Housewives, produziu episódios de Devious Maids e Jane the Virgin; enquanto Laura Dern, vista em Big Little Lies, já apareceu em Weeds. A prática reforça como Hollywood recicla talentos para manter vivo um gênero que continua a conquistar novas gerações de espectadores.
Para continuar a descobrir novidades do mundo do entretenimento, vale conferir outras matérias em nossa seção de Entretenimento, onde você encontra análises e lançamentos recentes.
Para mais informações e atualizações sobre tecnologia e ciência, consulte também:
Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no RN Tecnologia, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!


